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Renúncia do plano é de R$ 25 bi em dois anos, diz Desenvolvimento

Impacto é de R$ 20 bilhões até o fim de 2012.

Governo anunciou hoje plano para estimular a competitividade da indústria.


Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, revelou nesta terça-feira (2) que o plano de estímulo à competitividade das empresas, o “Brasil Maior”, resultará em uma renúncia de arrecadação, por conta principamente das desonerações de tributos anunciadas, de R$ 20 bilhões até o fim de 2012.

A estimativa do secretário é de que o governo abdique de cerca de um terço deste valor, cerca de R$ 6,5 bilhões, ainda em 2011. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o impacto do programa, em dois anos, ou seja, até meados de 2013, será de R$ 25 bilhões.

Dilma discursa no lançamento do Plano Brasil Maior
(Foto: Roberto Stuckert)

Segundo Alessandro Teixeira, as principais medidas que gerarão renúncias de receitas para o governo são o Reintegra, programa que, segundo o governo, devolverá aos produtores 3% das exportações imediatamente. Além disso, outra medida de impacto nas contas públicas, disse ele, é a devolução imediata de créditos do PIS e Pasep sobre bens de capital (máquinas e equipamentos para produção). Pela regra anterior, essa devolução seria feita em até 12 meses. Também haverá mais “agilidade” na concessão de pedidos de ressarcimento de R$ 13 bilhões dos 116 maiores exportadores – o que também terá efeito nos cofres públicos.

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Outras medidas com impacto nas contas públicas são a manutenção, por mais 12 meses, da redução de IPI sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves, além da desoneração da folha de pagamentos de quatro setores (confecções, além de calçados e artefatos, móveis e softawares). Neste caso, a tributação passará para o faturamento das empresas, com alíquota a partir de 1,5%, estabelecida de acordo com o setor.

O pacote do governo também contempla a manutenção do chamado Programa de Sustentação do Investimentos (PSI), operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), até dezembro de 2012, no valor de R$ 75 bilhões em crédito. Sem a prorrogação, o programa terminaria no fim deste ano. Por meio deste programa, o governo fornece linhas de crédito com juros subsidiados (custo do Tesouro Nacional) para o setor privado realizar investimentos.