Repúdio ao tarifaço e apoio à Lei da Reciprocidade
As centrais sindicais brasileiras repudiam o tarifaço imposto pelo governo Trump às importações dos EUA e alertam para suas graves consequências.
A sobretaxa de 10% imposta aos produtos exportados pelo Brasil terá impactos negativos sobre a produção e o emprego, especialmente na indústria e no agronegócio.
Além disso, em vez de conter a decadência do império norte-americano, como promete o chefe da Casa Branca, o protecionismo agravará os problemas que afetam a economia mundial, desencadeando uma guerra comercial que pode resultar em uma nova depressão e alimentando o nacionalismo xenófobo.
O Brasil deve se proteger e se preparar para responder à iniciativa unilateral de Donald Trump. Nesse sentido, em nome da classe trabalhadora brasileira, as centrais sindicais manifestam apoio à Lei da Reciprocidade, aprovada por unanimidade no Senado, que autoriza o governo federal a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros.
Apoiamos o fortalecimento da industrialização nacional, o incentivo à produtividade e a geração de empregos de qualidade, com direitos e possibilidade de ascensão. No âmbito das relações internacionais, defendemos os tratados comuns e o fortalecimento do BRICS, lembrando que, neste ano, teremos o BRICS Sindical, que deverá pautar a guerra tarifária e um novo arranjo que melhor atenda aos trabalhadores dos países envolvidos.
São Paulo, 3 de abril de 2025
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Sérgio Nobre, presidente da CUT
Ricardo Patah, presidente da UGT
Adilson Araújo, presidente da CTB
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da Nova Central
Antonio Neto, presidente da CSB
José Gozze, presidente da Pública