Discordamos da proposta do Ministério da Fazenda, divulgada na imprensa, de corrigir o salário mínimo pelo PIB per capita. Trata-se de um retrocesso quando comparado à regra que previa aumento real baseado no resultado do PIB.
Tal proposta, que circula na imprensa, retarda ainda mais a recuperação do salário mínimo que já é tardia e adiada por outros governos.
A proposta do movimento sindical com o Dieese é mais efetiva e coerente, pois consegue recuperar o poder de compra do salário mínimo, com maior rapidez que a proposta divulgada na imprensa e atribuída ao Ministério da Fazenda .
Estamos participando do grupo de trabalho do governo Lula sobre o tema. E neste grupo iremos reforçar nossa proposta, prevista no documento da Conclat 2022:
“Instituir uma política de valorização do salário mínimo que assegure a recomposição da inflação e um considerável aumento real para que, no médio prazo, o piso nacional seja capaz de atender às necessidades vitais básicas dos trabalhadores e trabalhadoras e de suas famílias, conforme definido na Constituição Federal”.
Esperamos que não prospere a ideia do Ministério do Trabalho. A nossa é mais urgente, coerente, efetiva e edificante no sentido de desenvolver o País com distribuição de renda. A luta faz a lei!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes