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Sarney considera legítima crítica de Lula sobre centrais sindicais


Agência Brasil

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), qualificou de “legítimas” as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva às centrais sindicais por pretenderem modificar o acordo firmado em seu governo de uma política para o salário mínimo. Da África, Lula afirmou que não se pode querer mudar a regra do jogo a cada momento.

“A crítica é legítima uma vez que ele [Lula] promoveu o acordo [uma política para o salário mínimo] com as centrais sindicais. Foi ele quem presidiu este acordo e ele tem a legitimidade de ser um operário e saber o que é justo e o que é injusto”, disse José Sarney.

O senador acrescentou que, para votar a matéria antes do recesso de Carnaval, em março, é necessário que haja um pedido de urgência constitucional. Essa urgência é uma prerrogativa da presidente Dilma Rousseff.

Sarney disse que, ontem, na reunião de líderes dos partidos da base aliada com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, essa possibilidade de pedido de urgência foi discutida.

O presidente do Senado destacou que se as regras definidas neste ano concederão um reajuste só com base na correção da inflação de 2010, uma vez que o crescimento da economia, em 2009, foi praticamente zero, em 2012, os trabalhadores terão uma correção de 13%, considerando as expectativas econômicas.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, por sua vez, promove hoje uma manifestação pelo aumento do salário mínimo para R$ 580 e pela correção da tabela de cobrança do Imposto de Renda (IR).

Esses trabalhadores também participam de um ato político na região leste da capital paulista. De acordo com o sindicato, cerca de 15 mil pessoas estão presentes na manifestação.

Além da elevação do mínimo e da correção da tabela do IR, os trabalhadores reivindicam aumento real para os aposentados que ganham mais do que o piso nacional.

O governo federal já informou que os três assuntos serão decididos juntos. Informou também que não pretende subir o mínimo para além dos R$ 545 anunciados.

(Agência Brasil)