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Segurança dá tiro em greve na Maurízio

Assembleia de greve realizada no dia 27

Um segurança da empresa metalúrgica Maurízio & Cia, na zona norte, deu dois tiros para o alto, na manhã de quarta-feira, 28 de outubro, durante a greve dos funcionários pelo aumento salarial.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo Adnaldo Ferreira realizava assembleia com os trabalhadores na porta da fábrica, quando o dono da empresa, Ricardo Maurízio, chegou de carro e parou no portão.

A fotógrafa Débora Flor aproximou-se para fotografá-lo. Neste momento, segundo o diretor Adnaldo, os seguranças Lemos e Valter acuaram a fotógrafa e exigiram a máquina.

Quando diretores e assessores do Sindicato foram em seu socorro, um dos seguranças, Valter, tirou a arma da cintura e deu dois tiros para o alto.

Inconformado, o diretor Adnaldo chamou a Polícia Militar e o caso foi encaminhado para o 39º DP para registro de Boletim de Ocorrência.

“É uma atitude inadmissível e absurda os trabalhadores serem tratados à bala. Queremos que a Secretaria de Segurança Pública tome providências, porque estes seguranças são policiais militares”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato.

Os trabalhadores cruzaram os braços na segunda-feira, pelo aumento salarial e renovação das cláusulas sociais da convenção coletiva de trabalho. Diante da falta de acordo com os grupos patronais, o Sindicato está buscando acordo direto com as empresas. A empresa que não negociar será paralisada.

“A Maurízio ofereceu uma antecipação de 6%, que foi rejeitada pelos trabalhadores. O movimento é pacífico, temos feito assembleias diárias, sem confronto, e hoje enfrentamos este risco”, relata Adnaldo.