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Sindicalistas intensificam luta contra mudança de regras

Força e demais Centrais reúnem-se em Brasília pela revogação das MPs 664 e 665

“Vamos ao Congresso Nacional para sensibilizar os parlamentares a rejeitar a retirada de direitos dos trabalhadores estabelecida nas Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, baixadas pela presidenta Dilma, no final do ano, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Hoje (10), a Força Sindical e as demais Centrais terão uma série de reuniões com deputados e senadores em Brasília para expor a opinião dos trabalhadores, que não aceitam a perda de direitos. Às 16 horas, com o deputado Eduardo Cunha, presidente da Casa; e às 15H30  com o senador Renan Calheiros, presidente do Senado.

Miguel Torres observa que o governo fala em adequação das medidas para corrigir ‘distorções e fraudes’, e que estas alterações não retiram direitos dos trabalhadores. No entanto, “as MPs retiram, sim, direitos, e atingem uma parcela importante da sociedade. A crise está aí e estamos sentindo o problema do desemprego na pele”, ressalta.

O sindicalista lembrou que as Centrais reuniram-se uma vez com a presidenta Dilma, que prometeu diálogo. “Vinte e um dias depois assinou as MPs e chamou as Centrais para negociar, mas isto apenas depois das medidas implantadas. Só podemos negociar depois de revogá-las”, afirma.

“Queremos um Brasil melhor para todos, e cobramos coerência na busca de um horizonte, uma visão de futuro”, destaca. A Central mantém a posição de mobilizar os trabalhadores para pressionar o governo a revogar as MPs.

Durante a palestra do ministro Manoel Dias, do Trabalho e Emprego, na sede da Força Sindical, ontem (9), dirigentes sindicais de diferentes categorias criticaram as ações do governo, como as MPs e a correção da tabela do IR abaixo da inflação.