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Sindicalistas protestam contra o trabalho infantil

“Obrigatoriamente a criança tem que estar na escola e não trabalhando”, disse Gleides Sodré, secretária nacional da criança e do adolescente da Força Sindical, ao comandar na quinta-feira (dia 10), uma passeata contra o trabalho infantil que começou  na Praça da República e terminou na Praça da Sé e contou com a participação do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna e dirigentes sindicais de várias categorias.

A central distribuiu na manifestação 10 mil cartões vermelhos contra os exploradores do trabalho infantil. O cartão vermelho foi inspirado na Copa do Mundo, quando os juízes mostram cartões vermelhos para aqueles que cometem faltas graves. A manifestação faz parte dos protestos mundiais que ocorreram no dia 12,  Dia de Erradicação do Trabalho Infantil.

“O movimento sindical luta sempre por melhores salários e distribuição de renda para que os pais possam cuidar de seus filhos, mas a manifestação específica contra o trabalho infantil é fundamental”, declarou Juruna.

A panfletagem e manifestação foi organizada pela Força Sindical de São Paulo e pela Secretaria Nacional da Criança e do Adolescente da Força Sindical Nacional. “Devemos lutar contra o trabalho infantil, que assistimos diariamente em São Paulo, nos farois, com crianças vendendo balas”, declarou Fabio Oliveria da Silva, da Secretaria estadual de SP da Criança e do Adolescente.

José Antonio Simão Rodrigues, da Força Sindical SP, considerou que a população deve se envolver na luta contra o trabalho infantil para acabar com este problema. 

A manifestação começou logo cedo com panfletagem em frente à Secretaria de Educação, na Praça da República, quando os dirigentes distribuíram os cartões para a população.

Para Gleides Sodré, a sociedade precisa ser crítica e não considerar normal a existência de crianças drogadas, trabalhando em faróis ou como malabaristas tendo suas infâncias roubadas.

Trabalho doméstico

O Brasil registrou avanços. Entre 1992 e 2008, a taxa de trabalho infantil caiu de 13,6% para 5,8% entre crianças com idade entre 5 e 15 anos, de acordo com o relatório global apresentado pela OIT durante a Conferência Mundial contra o Trabalho Infantil, realizada em maio, na Holanda.

Mesmo assim no Brasil, 4,453 milhões de crianças com idade entre 5 e 17 de anos ainda trabalham no Brasil. Nada menos que 10,2% das crianças nesta idade têm sua infância roubanda pelo ingresso precoce no trabalho, de acordo com a análise da Pnad 2008 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) feita pelo Fórum Nacional pela Erradicação do Trabalho Infantil.

“Esses números mostram que o progresso conquistado nos últimos anos não pode parar. Temos que avançar em ritmo acelerado rumo à erradicação do trabalho infantil para que, em 2016, o Brasil tenha cumprido o compromisso assumido perante a OIT: trabalho infantil zero, uma das pré-condições para o trabalho decente. A Força Sindical se empenha e contribui com essa luta”, destacou Gleides.

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Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical e Secretaria da Criança e do Adolescente
www.fsindical.org.br