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Sindicato apoia campanha salarial em Sertãozinho

Ricardo Flaitt

Mobilização na TGM, em Sertãozinho. 10 mil pararam pela Campanha Salarial

Diante da intransigência dos grupos patronais nas negociações da Campanha Salarial 2010, a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e a Central Força Sindical, com o apoio da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, paralisaram nesta quarta-feira, 27 de outubro, em Sertãozinho-SP e região, 20 fábricas com cerca de 10 mil trabalhadores. A data-base da categoria é 1º de novembro.

A Federação, que congrega 54 sindicatos e representa cerca de 800 mil trabalhadores, juntamente com a Força Sindical, mobilizou 400 dirigentes sindicais de todo Estado de São Paulo na luta por aumento real decente e ratificação de cláusulas importantes da pauta de reivindicações como a obrigatoriedade de negociação da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), o combate à terceirização e a garantia de emprego ao trabalhador acidentado, entre outras não menos importantes cláusulas.

“Exigimos um reajuste salarial decente, que seja coerente com o crescimento da economia e dos lucros das empresas, senão vamos fazer greve em todo o Estado de São Paulo”, ressalta Cláudio Magrão, presidente da Federação.

A luta da Federação foi reforçada e ampliada com o apoio da Força Sindical e a presença de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da central. “Trabalhador não é bobo. Se a classe patronal vier com proposta de aumento real de 2,5%, vamos intensificar as paralisações e partiremos para greve geral na categoria”, destaca.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, também presente à mobilização, destacou a importância histórica da categoria metalúrgica para os avanços políticos, sociais, econômicos e trabalhistas no País.

“Os metalúrgicos lutaram e ajudaram na conquista, por exemplo, do 13º salário e da redução constitucional da jornada para 44 horas semanais. E continuamos hoje como uma categoria de vanguarda nas lutas e conquistas para toda classe trabalhadora brasileira. É crucial, portanto, a intensificação da atual Campanha Salarial 2010 em busca do aumento real, por intermédio da mobilização nas portas de fábrica e nas assembleias nos Sindicatos”, reafirma Miguel Torres.

Para Josinaldo José de Barros, o Cabeça, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, o ato em Sertãozinho é uma demonstração de força e unidade dos metalúrgicos. Ele ressalta: “Reunimos todos os Sindicatos, a Federação e a Força Sindical. Paramos as fábricas do setor de máquinas. Demos um recado à classe patronal de que exigimos proposta decente para o salário da categoria”.

Por Ricardo Flaitt, Alemão
Assessor de Imprensa da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo
www.fedmetalsp.org.br

Com colaboração das assessorias de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e Agência Sindical