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Sindicato na luta contra práticas antissindicais na AV Aeronáutica

Diretora Cristina comandou a assembleia com apoio de diretores e assessores do Sindicato – Fotos Paulo Segura

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes realizou, ontem e hoje, assembleias, na porta da AV Aeronáutica, na zona sul, de protesto contra o assédio moral e práticas antissindicais de coação, intimidação e demissão de funcionários que participam de assembleias ou têm algum tipo de contato com o Sindicato.

Segunda-feira passada, dia 10 passado, ela demitiu dois funcionários, em represália pelo Sindicato ter publicado em seu site uma nota sobre a reivindicação dos funcionários, encaminhada à empresa, de reajuste salarial desde a data-base, vale-refeição e o fim da prática de atos antissindicais. A advogada da empresa chegou a enviar “notificação extrajudicial” ao Sindicato pedindo a retirada da nota, dizendo não serem verdadeiras as informações ali divulgadas e que os funcionários também estavam de acordo.

Ontem, a diretora sindical Cristina voltou à empresa e, durante uma assembleia, os dois advogados da fábrica se reuniram com a diretora e a advogada do Sindicato dra Liliam Pascini e, na conversa, sinalizaram com a possibilidade de readmitir os funcionários. Eles chegaram a chamar os dois, por telefone, para irem à fábrica. O dono da empresa estava sendo informado de tudo por telefone. A reunião durou cerca de quatro horas.

Enquanto estavam reunidos, houve um desentendimento entre os trabalhadores na fábrica, que culminou com agressão e o registro de um boletim de ocorrência. Na negociação, a diretora pediu que o agressor fosse afastado e que o trabalhador agredido pudesse ficar alguns dias em casa até a situação ser definida, e nova reunião foi marcada para a semana que vem.

Ontem à tarde, porém, depois de voltar para o Sindicato, a diretora Cristina recebeu a notícia de que o dono da empresa havia mandado demitir o funcionário agredido e o que foi sua testemunha.

Hoje, diretores do Sindicato voltaram à fábrica e sentiram que os trabalhadores estavam amedrontados. Quatro deles haviam chegado mais cedo e entrado para trabalhar. A pessoa que a empresa ia readmitir também foi à empresa, entrou, depois saiu para pedir aos dirigentes que não publicassem nenhuma foto do pessoal no site do Sindicato. Sua volta ao trabalho foi adiada.

A empresa está jogando pesado, mas o Sindicato está tomando as medidas cabíveis contra essa prática e o desrespeito à integridade dos trabalhadores.

As assembleias contaram com o apoio dos diretores sindicais Alemão, Alsira, Ninja, Jamanta, Tito e equipes de assessoria.

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