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Sindicatos se mobilizam contra importação de peças usadas

Daniel Cardoso

Miguel Torres na reunião com ministro
Miguel Jorge e empresários

Representantes das centrais sindicais, sindicatos metalúrgicos e de entidades patronais do setor de fundição, máquinas e autopeças reivindicaram do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, o fim do incentivo à importação de máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos, sobretudo ferramentas e moldes usados, concedido pela portaria 84/10, do ministério, que vem prejudicando a produção nacional e ameaçando mais de cem mil empregos do setor.

A maior parte dos produtos importados é de origem chinesa e os maiores importadores são as montadoras, que importam autopeças com até 40% de desconto.


A mesa com sindicalistas, empresários e representantes do governo

Durante a reunião, no dia 3 de agosto, em Brasília, o ministro ouviu as reivindicações de empresários e sindicalistas, apresentou dados de que a situação vem melhorando e determinou a realização de reuniões técnicas, com a participação de trabalhadores, empresários e governo, para a superação do impasse.

Os dirigentes e os empresários vão levantar novos dados do setor para apresentar nas reuniões.

“Não podemos admitir a entrada de equipamentos usados no país a preço de sucata, para tirar o emprego dos trabalhadores. Se essa portaria não for alterada, vamos ter fábricas de moldes e ferramentaria fechando, e elas têm uma função muito importante na cadeia produtiva”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi e da Força Sindical, que participou da audiência com o ministro. O setor emprega, atualmente, 264 mil pessoas.

Participaram da reunião representantes da Força Sindical, CUT, metalúrgicos de São Paulo, do ABC, de Guarulhos, Osasco, Santo André, São Caetano, da Abifa (fundição), Aminaq (máquinas) e Sindipeças (autopeças).