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Só contas com irregularidades serão canceladas pela Caixa

Caixa converteu em lucro saldo de R$ 719 milhões de 500 mil contas canceladas, mas foi obrigada a desfazer operação após investigação do BC.

O Banco Central esclareceu que quem tem caderneta de poupança na Caixa Econômica Federal não precisa se preocupar. A Caixa está cancelando apenas as contas com irregularidades.

Segundo a Caixa, não precisa de correria: os poupadores que tiveram suas contas canceladas poderão regularizar o cadastro e ter acesso ao saldo existente, a qualquer momento. Basta levar documentos, como CPF e CNPJ.

Entre 2005 e 2011 a Caixa Econômica Federal tentou localizar e regularizar 850 mil contas poupança. De acordo com o banco, essas contas apresentavam problemas no cadastro, como CPF ou CNPJ irregulares.
Como os titulares de 500 mil contas, segundo a Caixa, não foram localizados, elas foram encerradas. E o saldo – R$ 719 milhões – foi lançado como lucro da empresa.

Depois de uma auditoria, a Controladoria-Geral da União disse que não há lei ou regulamento que autorize que um banco transforme em patrimônio o saldo de uma conta que foi encerrada.

O Banco Central também investigou o caso e determinou que a Caixa Econômica desfizesse a operação.

O caso foi divulgado na edição da revista Istoé deste fim de semana. Segundo a Caixa, a determinação foi acatada e os poupadores não tem porquê se preocupar.

O banco informou ainda que só contas com cadastros irregulares estão sendo canceladas. E que mesmo os clientes que tiveram a poupança fechada por esse motivo podem regularizar o cadastro e ter acesso ao saldo existente quando quiserem.

“Basta ele comparecer à Caixa com seus CPF ou CNPJ e RG e regularizar a sua situação e ele passa a ativar a sua conta, passa a ter acesso a sua conta, com os seus valores monetários corrigidos de juros e correção”, explica o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, Marcio Percival.

A Caixa disse também que encerrou as 500 mil contas com base em uma resolução do Conselho Monetário Nacional e em uma circular do Banco Central com as regras para esse procedimento.