BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), deve propor uma alternativa para solucionar a contenda sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que propõe a diminuição da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e o aumento da hora extra de 50% para 75%. A redução passaria para 42 horas.

“Para o setor empresarial não ter prejuízo, é preciso alguma compensação fiscal, tributária, talvez na folha de pagamentos. Seria uma proposta intermediária porque a redução seria para 42 horas e manter o valor da hora extra”, disse. A mudança seria feita de forma gradual, em dois anos.

A matéria divide empresários e sindicalistas. Em ano eleitoral, o deputado trabalha nos bastidores para ganhar força na Casa para ser indicado à vice-Presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Os sindicalistas vão tentar manter a proposta original. Segundo o deputado federal Paulinho da Força (PDT SP), presidente da Força Sindical, depois do carnaval algumas fábricas irão fazer paralisações, caso não haja mais nenhuma indicação de acordo.

Cartórios
Mesmo recebendo críticas por parte de diversos setores e de parlamentares, a proposta de emenda à Constituição dos Cartórios deve ser posta em votação hoje no plenário da Câmara. “Os líderes pediram unanimemente que se liquide esse assunto, que se o tire da frente”, disse Temer. “Havia um velho acordo. E o plenário vai decidir”, completou.

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