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Trabalhadores protestam contra taxa de juros em SP

publicado em 03/08/2011 às 11h04:

Passeata organizada por sindicatos pede também freio na entrada de produtos importados

Manifestação Força Sindical - 700 x 500
Luiz Guarnieri/AE

Integrantes de movimentos sociais e de centrais sindicais se concentram na Praça Charles Miller, no Pacaembu, zona oeste de São Paulo, na manhã desta quarta- feira (3). Os trabalhadores fazem uma passeata para protestar contra a política de juros, atualmente em 12,5% ao ano, e o enfraquecimento da indústria nacional diante do avanço da entrada de mercadorias importadas. 

A manifestação serve ainda para a defesa da aprovação de uma pauta trabalhista no Congresso Nacional. 

O desta quarta-feira dá continuidade às manifestações já realizadas em outros Estados para sensibilizar a sociedade, o governo e o Congresso Nacional da importância da aprovação de uma lista de reivindicações dos trabalhadores, conhecida como Agenda Unitária da Classe Trabalhadora, afirma Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical. 

-Devemos nos mobilizar e lutar para que nossas reivindicações sejam atendidas.

Participam da caminhada, que passa pela avenida Paulista e termina na Assembleia Legislativa do Estado, membros da Força Sindical, da CTB, da CGTB, da UGT e da Nova Central. Entre os movimentos sociais estão o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes).

A agenda unitária inclui os seguintes pedidos: redução de juros, valorização do trabalho, distribuição renda e mercado interno mais forte; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário; fim do fator previdenciário; regulamentação das terceirizações; combate à rotatividade da mão de obra; padronização das condições dos trabalhadores domésticos; direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos; reformas agrária e urbana; envio de 10% do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de riquezas do país) e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação; combater à discriminação e violência no trabalho ; e soberania nacional e autodeterminação dos povos.