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Trabalhadores protestam nas Superintendências do Trabalho contra as MP 664 e 665

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Miguel Torres anunciou calendário de manifestações contra as MPs – Foto Jaelcio Santana

A Força Sindical, CUT, CTB, UGT, NCST e CGTB realizaram hoje (dia 2), em frente à Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo, um ato reivindicando a revogação das medidas provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão. Cerca de duas mil pessoas participaram da manifestação.

O protesto foi realizado hoje, dia que entra em vigor as novas regras do seguro-desemprego, e aconteceu em várias capitais e cidades do interior de SP.
A nova regra exige que o trabalhador demitido tenha trabalhado 18 meses nos últimos 24 meses para ter direito ao benefício. Para pedir o seguro pela segunda vez, ele precisará trabalhar 12 meses nos últimos 16 meses anteriores à dispensa. Na legislação anterior, o trabalhador tinha de trabalhar seis meses ininterruptos para receber o seguro.

“Estas medidas representam um crime contra a classe trabalhadora. Quem não se enquadrar nestas normas não recebe o benefício. Nesta situação estão milhares de desempregados não receberão o seguro, justamente quando mais precisam de dinheiro para alimentação, moradia e transporte para procurar outro emprego”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM.

Segundo o presidente da Força Sindical, o ato teve o objetivo de mostrar à sociedade a indignação dos trabalhadores, que serão prejudicados com estas medidas. “Não podemos ficar calados e Março será um mês de manifestações contra as MPs 664 e 665”, afirma Miguel Torres.

Já João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, diz que os trabalhadores não aceitam pagar a conta da crise. “Não aceitamos que façam economia em cima do pobre, de quem está desempregado. Os mais prejudicados serão os comerciários e trabalhadores da construção civil que enfrentam alta rotatividade”.

Audiência com Medeiros
Após o ato, o superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio de Medeiros, recebeu uma comissão de sindicalistas e declarou: “Se eu não fosse superintendente do trabalho estaria com vocês nas ruas”. Medeiros lembrou que as rescisões dos trabalhadores que são demitidos com até um ano de empresa não são fiscalizadas. ‘É preciso fiscalizar. Existe o direito adquirido e o privilégio. É preciso acabar com os privilégios, com as distorções”, destacou.

Unidade
Durante o ato, os sindicalistas reafirmaram a unidade das centrais e a disposição de lutar contra as MPs. Danilo Pereira, presidente da Força Sindical-SP, afirmou que ficou surpreso a edição das MPs e lembrou que no governo Lula houve alguns avanços para os trabalhadores e não teve perda de direitos.

“O objetivo principal é mostrar à sociedade que os trabalhadores não querem, não devem e não vão pagar a conta dos desmandos deste país”, disse Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da Fequimfar.

Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, enfatizou que lutar contra as MPs é uma obrigação. “Mas não devemos esquecer que nos últimos anos os trabalhadores tiveram conquistas”, ressaltou.

“O que está acontecendo é uma vergonha, é uma barbárie contra a classe trabalhadora”, ressaltou Geraldo Gonçalves Pires, diretor da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação do Estado de S. Paulo).

“Não aceitamos que mexam nos nossos direitos”, declara Valéria Cabral, diretora do Sindicato das Costureiras de SP.

José Lião de Almeida, presidente do SinsaudeSP disse: ” o ato demonstra à presidente Dilma a insatisfação da classe trabalhadora com as medidas que restringem direitos na concessão do auxilio-doença, pensão por morte, seguro-desemprego, abono e período de defeso dos pescadores”.

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