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Trabalho escravo – Flagrante em Rondônia, em área de desmatamento ilegal

A situação descrita por AFTs e procuradores é clássica de trabalho escravo, desde o aliciamento dos trabalhadores até as condições em que encontravam no local, passando também pelo desrespeito às leis trabalhistas.

12-8-2010 – SINAIT

Auditores Fiscais do Trabalho – AFTs, acompanhados de membros do Ministério Público do Trabalho – MPT e da Polícia Federal flagraram em Rondônia trabalhadores escravizados por fazendeiro que consta em 8º lugar na lista dos 100 maiores desmatadores do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro do Meio ambiente e recursos Naturais – Ibama. A situação descrita por AFTs e procuradores é clássica de trabalho escravo, desde o aliciamento dos trabalhadores até as condições em que encontravam no local, passando também pelo desrespeito às leis trabalhistas.

O proprietário é dono de frigorífico e isso lembra que a campanha deflagrada pelo Ministério Público Federal para que os consumidores prestem mais atenção e procurem se informar quanto à origem da carne que compram é cada vez mais necessária. Lembra também que são infundadas as queixas da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, assim como da bancada ruralista no Congresso Nacional sobre os “exageros” da fiscalização.

“As irregularidades existem de fato, não são ficção, fazemos questão de reafirmar isso. As fiscalizações são realizadas por um pool de instituições e há muitas testemunhas da exploração dos trabalhadores. Infelizmente, o trabalho escravo é recorrente no campo, em fazendas de gado e plantações diversas, canaviais e carvoarias, que agridem não só direitos das pessoas, mas também o meio ambiente. Não se trata de perseguição a fazendeiros, é a realidade que é comprovada por meio de documentos, fotografias e filmagens”, destaca a presidente do SINAIT, Rosângela Rassy.

Os detalhes de mais esta fiscalização do Grupo Móvel estão na matéria reproduzida a seguir, da ONG Repórter Brasil