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Três mil protestam na Fiesp contra as terceirizações

Jaélcio Santana

Miguel Torres, em frente à Fiesp, defende os direitos dos trabalhadores

Cerca de 3 mil manifestantes protestaram nesta terça-feira, 6 de agosto, em frente à Fiesp, na Avenida Paulista, contra o Projeto de Lei 4330 que, se for aprovado, ampliará a terceirização e irá reduzir os direitos da classe trabalhadora.

O ato reuniu dirigentes da Força Sindical e de outras centrais, de diversas categorias profissionais, com expressiva participação dos diretores e assessores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

As manifestações também acontecem em outros os Estados e em Brasília, na porta da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNC (Confederação Nacional do Comércio).

Miguel Torres
, presidente do Sindicato , da CNTM e vice-presidente da Força, ressaltou mais esta demonstração de unidade do movimento sindical. “Estamos mobilizados contra o retrocesso que o projeto das terceirizações causará no País e nos preparando para uma série de outros protestos, para pressionar e fazer com que o governo federal negocie a nossa pauta trabalhista e social”, diz Miguel.

No dia 13 ocorrerão protestos nos postos do INSS contra o Fator Previdenciário e por aumento nos proventos dos aposentados. No dia 20, a mobilização será nos locais de trabalho pela jornada de 40 horas. E, se o governo não apresentar nenhuma proposta com relação às reivindicações dos trabalhadores, no dia 30 de agosto haverá um Dia Nacional de Paralisações.

Paulinho da Força, presidente da Força, disse que continua pressionando em Brasília para evitar que o Projeto de Lei 4330 seja aprovado do jeito que está. “Nosso objetivo é garantir os direitos”. Paulinho defendeu a inclusão da defesa do seguro-desemprego na pauta trabalhista, contra a tentativa do governo de diminuir o benefício.

Para Juruna, secretário-geral da central, com este projeto das terceirizações os trabalhadores perderão os direitos da Convenção Coletiva, a PLR e os benefícios sociais. “Vamos tentar mudá-lo”.

O encerramento do protesto contou com uma apresentação teatral, com um trabalhador carregando uma cruz, a morte carregando a foice do PL 4330 (simbolizando o fim dos direitos) e o empresário rindo à toa com os bolsos cheios de dinheiro (representando que o setor patronal só pensa no lucro). 

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