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Uma em cada quatro vítimas da escravidão moderna é criança

Uma pesquisa lançada no dia 18 de setembro pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Fundação Walk Free, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), revela a escala da escravidão moderna em todo o mundo.

De acordo com o estudo, mais de 40 milhões de pessoas no mundo foram vítimas da escravidão moderna em 2016. Dessas, aproximadamente 10 milhões eram crianças.

O estudo aponta também que 25 milhões de pessoas foram submetidas a trabalho forçado e 15 milhões foram forçadas a se casar, sendo que por volta de 37% (5,7 milhões) das pessoas forçadas a casar eram crianças.

As mulheres e as meninas são as mais afetadas pela escravidão moderna, chegando a quase 29 milhões, ou 71% do total. As mulheres representam 99% das vítimas do trabalho forçado na indústria comercial do sexo e 84% das vítimas de casamentos forçados.

Trabalho infantil

Um dos principais dados da pesquisa é que 152 milhões de crianças entre 5 e 17 anos foram submetidas ao trabalho infantil em 2016.

O maior número de crianças de 5 a 17 anos envolvidas em trabalho infantil foi encontrado na África (72,1 milhões), seguida da Ásia e do Pacífico (62 milhões), das Américas (10,7 milhões), da Europa e da Ásia Central (5,5 milhões) e dos Estados Árabes (1,2 milhão).

O trabalho infantil continua concentrado principalmente na agricultura (70,9%). Além disso, 17,1% dos trabalhadores infantis trabalham no setor de serviços e 11,9% na indústria.

Aproximadamente um terço das crianças de 5 a 14 anos envolvidas em trabalho infantil estão fora da escola. Entre as crianças que realizam trabalhos perigosos, 38% das que têm de 5 a 14 anos e quase dois terços das que têm de 15 a 17 anos trabalham mais de 43 horas semanais.