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União fecha cerco para manter mínimo a R$ 545


São Paulo – Dirigentes da Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) ouvidos pelo DCI manifestaram expectativas diferentes em relação ao segundo encontro entre as centrais e o governo federal para debater o novo mínimo que acontece hoje, em São Paulo.

O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, acha positiva a incorporação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, nas negociações. “A expectativa é a melhor possível com o Guido Mantega se integrando à mesa de negociações. Creio que o governo irá tentar combinar o índice de reajustes do mínimo para 2011 e 2012”, comenta.

Segundo o acordo firmado pelas centrais e pelo governo, até 2023, o cálculo de reajuste do mínimo se dará pela inflação do ano somada ao Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Se mantido esse mecanismo, o aumento projetado para o mínimo em 2012 seria de 12,5%, dos quais 7,5% referentes ao PIB e os outros 5% à inflação do período.

Já Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), se disse preocupado com o fato de os trabalhadores estarem perdendo uma cadeira cativa para debate junto ao governo federal.

“Nas gestão Lula, nós tínhamos assento na mesa com o governo para debater nossas reivindicações. Nesse sentido, o discurso da Dilma sinalizando que vai entregar o debate para o Congresso, sem consultar os trabalhadores não é animador”, afirmou.

Ontem, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) descartou um valor superior aos R$ 545 para o salário mínimo, destacando que a base do governo já fechou questão. “O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, garantiu que o partido estará 100% conosco”, expôs o petista.

Anderson Passos/Agências