Para o presidente da Força Sindical, salário não é gasto, mas investimento
Helton Simões Gomes -eBand
Para o presidente da Força Sindical, salário não é gasto, mas investimento
A elevação do salário mínimo para R$ 550 será votada nesta quarta-feira. O reajuste, no entanto, nem foi aprovado e as centrais sindicais já contestam o acréscimo, reivindicando aumento para R$ 570.
A Comissão Mista de Orçamento começará a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) a partir das 14h. Determinando metas e prioridades da administração pública federal, a LDO estipulará quanto será o mínimo de 2011 até 2013.
O senador Tião Viana (PT-AC), relator do projeto, propôs que o mínimo seja reajustado com base na média da variação do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008 e 2009. Com isso, o reajuste garantiria aumento real no ordenado do trabalhador. Se o texto permanecesse inalterado, seria considerado apenas o avanço da economia no ano passado. Como houve recuo de 0,2% no PIB, o mínino receberia incremento de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) no período.
Nas contas da comissão, o mínimo iria dos atuais R$ 510 para cerca de R$ 550. Embora aprovem a iniciativa de Viana, as centrais sindicais esperam aumento do mínimo menos tímido. “Com o crescimento que o Brasil vai ter, o reajuste à remuneração do trabalhador não vai acompanhar”, declarou Miguel Torres, presidente da Força Sindical, ao eBand.
O cálculo deveria considerar o avanço do PIB e a variação do INPC em 2010. Considerando as prévias atuais dos indicadores, o salário mínimo deveria subir para R$ 570. Segundo o último relatório Focus, do BC (Banco Central), os economistas avaliam que a economia cresça 7,2% neste ano. Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice inflacionário acumula alta de 3,38% de janeiro a junho.