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As eleições de outubro, agora, sob o comando de Moraes

 O ministro Luiz Edson Fachin, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), passou o bastão para o ministro Alexandre de Moraes. Assim, quem vai presidir o TSE nas eleições vai ser Moraes.

Miguel Torres*

Vai ser tarefa muito difícil e complexa, pois o novo presidente da Corte Eleitoral é o principal alvo do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição em outubro.

Ele preside vários inquéritos no âmbito do STF (Supremo Tribunal Federal), que investigam condutas criminosas do chefe do Executivo. Daí as graves hostilidades da parte de Bolsonaro contra Moraes.

Antes de entrar neste assunto, em nome da Força Sindical, da CNTM e do Sindicatos dos Metalúrgicos de São e Mogi das Cruzes, bem como de todas às entidades sindicais representadas pela Força, saúdo o ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE, com a responsabilidade de conduzir a porto seguro as eleições de 2022.

Desejamos a ele, coragem, disposição, força e muita sapiência na condução desse processo, que não será fácil, nem tampouco tranquilo. Não subestimamos nem Bolsonaro, nem tampouco o bolsonarismo, que é perigoso e mata os adversários.

Daí, desejarmos que o mandato do ministro seja exitoso no comando da Justiça Eleitoral, em particular, neste momento que o presidente da República tenta comprometer e desenganar o sistema eleitoral como um todo e as urnas eletrônicas em particular. Com isso o chefe do Executivo deseja inviabilizar as eleições, porque sabe que a derrota é iminente.

Em nosso entendimento, tentar descredibilizar o sistema eleitoral e as urnas, sobretudo sem nenhuma prova material, é tentar enfraquecer o Estado Democrático de Direito e, no lugar dessa couraça protetora da democracia e as instituições republicanas instalar um regime tutelado, antidemocrático e descomprometido com as prerrogativas democráticas — individuais e coletivas dos brasileiros.

Não temos dúvida, que o presidente da República fará tudo para tentar inviabilizar que as eleições transcorram sob as normalidades democráticas, com paz, liberdade e debate que procure propor soluções para os graves complexos problemas nacionais — na política, economia, saúde, setor sanitário. É isso que interessa ao povo brasileiro, que passa por gravíssimas dificuldades financeiras e sociais.

É sobre isso que os brasileiros querem e precisam debater!

Bolsonaro propõe outra agenda, fora dos problemas reais da população, como se vivesse num mundo imaginário ou paralelo. Precisamos escapulir dessa agenda, que excita os adversários políticos a polarizarem sobre agenda religiosa, moral, fantasiosa e que nada propõe em relação à economia e a vida dos brasileiros.

Por isso, todos nós, em particular os condutores do processo eleitoral, com o ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE, precisamos atuar com muita sabedoria e equilíbrio, pois Bolsonaro e o bolsonarismo querem levar esse processe eleitoral aos estertores, a fim de inviabilizá-lo.

Por que atacam Moraes

O ódio que exala do bolsonarismo contra o novo presidente do TSE, é porque o ministro tem sido implacável contra o presidente da República, que comete crimes comuns e de responsabilidade “a torto e a direito”, como diz o ditado popular.

O ministro preside, na Corte Suprema, vários inquéritos que implicam e investigam o presidente da República — das fake news, TSE e 7 de Setembro do ano passado.

Assim, Moraes está na “alça da mira” do Planalto e dos seguidores fanáticos do inquilino que ora ocupa a sede do Poder Executivo.

Desse modo, conclamamos todos os democratas, de todas os matizes políticos, a serrarem fileiras em defesa do Estado Democrático de Direito, do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas.

Por tudo isso, desejamos que o mandato do ministro Alexandre de Moraes seja exitoso e coberto de virtudes à frente da Justiça Eleitoral. Só a Luta faz a Lei!

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato do Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

 

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