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Menos juros e mais empregos

miguelhojeO Copom (Comitê de Política Monetária) divulgará hoje a nova taxa Selic e a nossa expectativa, ou seja, dos trabalhadores e do movimento sindical, é que ele anuncie uma redução da taxa. Passou da hora de o Brasil ter juros civilizados, que permitam investimentos na produção, geração de emprego, contração de empréstimos sem taxas abusivas.

A Selic tem impacto diretona produção, na economia, nas taxas cobradas de pessoas físicas e jurídicas. Estamos falando de uma taxa no cartão rotativo de 448,6% ao ano, cheque especial de 308% a.a, crédito não consignado de 130% a.a. Quem aguenta? Sem contar que a taxa também onera a dívida pública.

Se o Brasil quer voltar a crescer e competir precisa buscar juro médio de padrão internacional e se condicionar para isso, perseguindo uma série de medidas do ponto de vista de investimentos, infraestrutura, para que possa crescer sem gerar inflação. Dizer que os salários contribuem com a inflação não é verdade. Os salários estão despencando e a inflação está alta.

Nenhum País que tem a inflação que o Brasil tem pratica essa taxa de juros, que é a maior do mundo. Taxa assim só beneficia e capital especulativo, que só ganha e não investe em nada.

A decisão de baixar os juros precisa ser corajosa. O País que tem medo de combater a inflação fica refém dos apertos e sofre todas as consequências. E quem acha que resolver os problemas da economia passa pelas reformas trabalhista e previdenciária e achatamento de benefícios está visando tão somente o lucro, próprio do capital, e chutando pra longe o bem-estar social, fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população.

Os juros estratosféricos são os grandes vilões da economia brasileira. Precisam ser reduzidos drasticamente para que os investimentos no setor produtivo sejam retomados e o Brasil volte a trilhar o caminho do desenvolvimento econômico.

Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, presidente da CNTM e vice-presidente da Força Sindical


Artigo publicado no Diário de S. Paulo
nesta quarta, 8 de junho de 2016

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