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Política econômica: um equívoco atrás do outro!

O trabalhador brasileiro vem, já há algum tempo, convivendo com um cenário econômico desolador. E isto está fazendo com que ele perca o sono.

Sob o argumento de conter a inflação, o governo vem, sistematicamente, aumentando a taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 14,25% ao ano. Só que, na prática, essa ideia fixa tem se mostrado totalmente equivocada, pois, mesmo com os juros proibitivos, a inflação está aí, forte, firme e lépida. Como dormir com um barulho desses?

A desindustrialização é uma realidade alarmante. A indústria brasileira está mal das pernas, e o processo é contínuo. Com isto, os empregos vêm sendo reduzidos drasticamente (389,5 mil empregos com carteira assinada perdidos só no 1º semestre deste ano). Como fica a situação desses trabalhadores?

Dando continuidade à lista de equívocos, onde estão os investimentos no nosso parque industrial? E esse ajuste fiscal, que só privilegia o rentismo e produz pobreza, frustrando os anseios dos trabalhadores? Sim, os especuladores vão bem, obrigado! E os investimentos na saúde, na educação, na segurança e em infraestrutura social, por onde andam?

E, como se miséria pouca fosse bobagem, dá-lhe carga de impostos, dá-lhe aumento nos tributos públicos, dá-lhe achatamento nos salários, dá-lhe aposentadorias e pensões aquém das necessidades! São só mais equívocos!

Quando os trabalhadores vão às ruas protestar contra a taxa de juros, dizem que é golpe! Quando protestamos contra o desemprego, é golpe! Quando protestamos contra a inflação, é golpe! Quando defendemos a valorização do salário mínimo e das aposentadorias, outro golpe! Golpe é retirar direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores! Golpe é abandonar as empresas à própria sorte, destruindo centenas de milhares de postos de trabalho.

Fazer ‘ouvidos de mercador’, fingindo não ouvir os alertas do movimento sindical e o brado dos trabalhadores, ou comparar a crise, cada vez mais grave, a uma simples “marola”, são outros equívocos. Mas são todos inaceitáveis!

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical