“Tiradentes foi enforcado e esquartejado por defender ideais que iam contra os interesses dos poderosos da época. Temos ainda um Brasil muito desigual, com exploração, exclusão e constantes ataques aos direitos da classe trabalhadora. Mas a luta por um Brasil desenvolvido e um futuro melhor para toda a população, com saúde, emprego e renda, não para! Viva Tiradentes, Viva os Metalúrgicos. A luta faz a lei!, diz Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Força Sindical e CNTM.
Tiradentes lutou pela independência do Brasil num período em que o país sofria o domínio e a exploração de Portugal. O Brasil não tinha uma constituição, direitos de desenvolver indústrias em seu território e o povo sofria com os altos impostos cobrados pela metrópole. Nas regiões mineradoras, o quinto (imposto pago sobre o ouro) e a derrama revoltavam a população.
Na cidade de Vila Rica (Minas Gerais) e região eram extraídos ouro e pedras preciosas. Os portugueses se apossavam dessas matérias primas e as comercializavam pelos países europeus, fazendo fortuna à custa das riquezas do Brasil. O movimento da Inconfidência Mineira, liderado por Tiradentes, pretendia transformar o Brasil numa república independente de Portugal. Tinha como lema “Libertas Quae Sera Támem”, que quer dizer, na tradução para o Português: “Liberdade Ainda Que Tardia”
Em 1789, após ser delatado por Joaquim Silvério dos Reis, o movimento foi descoberto e interrompido pelas tropas oficiais, a mando do Imperador. Os inconfidentes foram presos e julgados. Para defender seus amigos, Tiradentes assumiu toda a responsabilidade pelo movimento e foi condenado à morte por enforcamento, em 21 de abril de 1792.
O governo fez questão de mostrar em praça pública o seu sofrimento, a fim de inibir a população de fazer manifestações contrárias.