Brasil Econômico
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Estudo da OIT afirma que, se não houver uma mudança no rumo das políticas nos países do euro, mesmo as economias mais resistentes do bloco sentirão efeitos negativos.
O número de desempregados na Zona do Euro pode atingir 22 milhões de pessoas nos próximos quatro anos, frente a 17,4 milhões atualmente, mostra relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O estudo afirma que, se não houver uma mudança no rumo das políticas nos países do euro, mesmo as economias mais resistentes do bloco sentirão efeitos negativos.
“A não ser que medidas sejam tomadas com objetivo de aumentar os investimentos na economia real, a crise se aprofundará, e a recuperação do emprego não vai decolar”, alerta Juan Somavia, diretor geral da OIT.
Para a entidade, as empresas vêm mantendo trabalhadores na esperança de que ocorra uma recuperação. Caso essas expectativas não se confirmem, as companhias devem demitir ainda mais, agravando a situação.
O relatório critica as medidas de austeridade adotadas nos 17 países da união monetária, afirmando que elas enfraqueceram ainda mais a economia e puxaram uma contração no crédito – o que, por sua vez, reduziu o investimento e o emprego.
A entidade ressalta que é possível estimular uma recuperação, mas a janela de oportunidade está se fechando.
Dentre as medidas, a OIT recomenda um maior estímulo a pequenas empresas de crédito, a adoção de programas de auxílio aos desempregados e medidas para impulsionar a indústria da região.