Na tarde de hoje, dia 22/05/2013, os trabalhadores da General Motors, de São Caetano do Sul, reunidos em assembléia, rejeitaram por unanimidade duas “novas” propostas referentes à PLR/2013 feita ao sindicato pela direção da empresa.  Umaproposta inicial para uma produção anual de 402 mil veículos havia sido rejeitada na quinta-feira, dia 16/05. Pela primeira “nova” proposta apresentada nesta segunda roda de negociação a produção passaria para 370 mil unidades, ou seja, 100% das metas, e o pagamento de R$ 12.134,08, com a antecipação de uma parcela no valor de R$ 6.600,00.

Já com relação a segunda proposta, com base em números e valores acima,a empresa se propunhaa efetuar o pagamento de uma primeira parcela no dia 29/05, no valor de R$ 6.075,00, mais R$ 2.275,00, referente a antecipação de abono salarial a ser negociado em setembro, por ocasião da data-base do setor. O que totalizaria R$ 8.350,00. Proposta que também foi rejeitadapor unanimidade pelos participantes da assembleia.

Os trabalhadores, tendo à frente o sindicato, entendem que se trata da mesma proposta de 2012, porém não considerando os ganhos de produtividade que a empresa vem obtendo e que são importantes e fundamentais para se chegar a um valor remunerativo condizente.

Para Francisco Nunes Rodrigues, o Nunes, vice-presidente do sindicato, e que comandou a assembléia em substituição ao presidente, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, que se encontrava em viagem à Brasília, de acordo com o que foi apresentado na mesa de negociação, a direção da empresa acha que os trabalhadores não sabem calcular e que estão terrivelmente necessitados para aceitar tal proposta. “Com essa proposta a empresa talvez esteja a pensar que seus empregados não sabem contar, estão desesperados, passando fome e, portanto, sendo obrigado a aceitá-la. Hoje, com o resultado da assembleia, ficou provado o oposto dessa visão que desconsidera a nossa capacidade luta”, afirmou o Nunes.

Os trabalhadores autorizaram ainda o sindicato a entabular novas negociações para que se possa chegar a uma proposta condizente com a realidade produtiva e daquilo que os trabalhadores estão reivindicando.