Centrais sindicais participam do debate sobre aumento do ônibus

A maioria dos participantes do Conselho da Cidade se posicionou pela revogação dos R$ 0,20 do aumento da tarifa de ônibus de São Paulo durante reunião realizada hoje (dia 18) com a presença do prefeito, Fernando Hadadd, e dos integrantes do Movimento Passe Livre. “Recuar não significa que não fará o gol ou que vai perder o jogo”, declarou João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical.

O sindicalista lembrou que os trabalhadores têm vale-transporte, mas enfrentam um transporte coletivo ruim. Juruna criticou também o fato de os organizadores dos protestos proibirem os partidos políticos de levarem suas bandeiras nos atos. Os representantes das demais centrais sindicais também se manifestaram a favor da revogação do aumento para debater o tema.

Os conselheiros expuseram seus pontos de vista: condenaram a violência da polícia e o excesso de automóveis nas ruas, defenderam a liberdade de manifestação, a participação de fato do povo no processo decisório e a revogação do aumento de R$ 0,20 na tarifa de ônibus, uma ampla negociação com a sociedade sobre o preço da passagem e um plebiscito para resolver o problema.

O secretário dos Transportes, Gilmar Tatto, sugeriu que os motoristas de automóveis financiem o transporte coletivo. O prefeito Fernando Hadadd marcou nova reunião com os integrantes do Movimento Passe Livre e declarou: decisão sobre baixar tarifa não é técnica, é política.

Vou dizer a verdade para a sociedade depois de fazer uma reflexão sobre o que eu ouvi.  Preciso deixar claro sobre o que eu não vou fazer  se não tiver este reajuste. Os recursos terão de sair de algum lugar. Se a sociedade entender que esta é uma boa causa, vamos atrás da solução”, disse.