Centrais pedem nova política para a indústria

Após a divulgação do resultado negativo do setor em 2013, Força Sindical endurece o discurso.

A divulgação do mais recente resultado negativo da indústria  brasileira revoltou as principais lideranças das centrais sindicais do país. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, enquanto as exportações registraram, no ano passado, US$ 93 bilhões, as importações atingiram o dobro desse valor, chegando a US$ 198,1 bilhões. A diferença entre exportações e importações gerou o maior rombo da história do setor: U$ 105 bilhões.

Em nota, a Força Sindical promete organizar manifestações pelo país. “Diante deste triste quadro, resultado da incompetência do governo, a Força Sindical irá fazer atos e manifestações no país visando sensibilizar e alertar a sociedade sobre este nefasto problema para o Brasil”, diz trecho da nota, que continua com outros ataques.  “Vale ressaltar que há anos somos críticos dessa postura governamental, resultado da falta de planejamento estratégico, de investimento e incentivos que melhorem a competitividade e o nosso parque industrial. Podemos afirmar que o resultado será a redução do poder aquisitivo dos trabalhadores  e o aumento do desemprego nas cadeias produtivas industriais”, diz a central.

O Solidariedade, partido do presidente licenciado da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SP), foi na mesma linha. Além de pedir mudanças na política da indústria nacional, a legenda exige a demissão do ministro  Fernando Pimentel. “O Solidariedade vem a público exigir do governo brasileiro a demissão do ministro Fernando Pimentel, bem como mudanças urgentes na política industrial do país”, ataca.

O Solidariedade ainda pede maior participação do trabalhador nas decisões sobre a indústria nacional, maior garantia de emprego e renda para os funcionários das indústrias, juros mais baixos, incentivos tributários, entre outras pleitos.

Também ontem foram divulgados os números do emprego na indústria no país. A quantidade, se manteve estável em novembro de 2013, na comparação com o mês anterior. Em outubro, foi observado aumento de 0,1%, o primeiro crescimento após e cinco meses em queda.

Por outro lado, na comparação de novembro de 2013 com o mesmo período do ano anterior, houve queda de 1,7% no emprego industrial.