Sindicato realiza 5ª reunião de mobilização da categoria

Jaelcio Santana

O Sindicato realizou nesta sexta-feira, a quinta reunião regional de mobilização da categoria para discussão das lutas de 2014. O encontro reuniu cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras das regiões sul e leste da capital no auditório do Sindicato, na Liberdade, e deixou claro a importância da unidade e participação para fazer avançar as reivindicações dos trabalhadores junto ao governo e o Congresso Nacional.


                                Presidente Miguel Torres

“Estamos realizando nossas reuniões com uma grande preocupação, vivendo um processo de desindustrialização; juros subindo; redução de benefícios, como seguro-desemprego e auxílio acidentário; com a falta de diálogo do governo e a falta de iniciativa do governo para resolver os problemas”, apontou Miguel Torres, presidente do Sindicato e da Força Sindical.

Segundo Miguel, o governo não tem reação e quando reage, faz errado. “É o caso da desoneração da folha de pagamento. O governo não exigiu nenhuma contrapartida das empresas para defender o emprego e a Previdência Social, os trabalhadores estão sendo demitidos e a Previdência tem rombo”. Outro exemplo citado por é a política de valorização do salário mínimo. “É a única política, construída com o movimento sindical, que distribui renda neste país, mas o governo quer cortar. Esta é a maneira do governo tratar o trabalhador”, disse.

O diretor Claudio Prado falou da luta do dia a dia dos trabalhadores nas fábricas e das mudanças que estão sendo feitas na cidade e mandando as empresas embora e desempregando.


                                         Paulinho da Força

Paulinho da Força falou sobre o Centro de Solidariedade ao Trabalhador, criado há 15 anos para atender os desempregados e que “lamentavelmente”, o governo rompeu o convênio. “A Dilma está fechando nosso Centro, tirando emprego das pessoas, quem sabe a gente tira o emprego dela este ano”, disse.

Paulinho enfatizou que o governo não cumpriu nenhuma reivindicação com a qual se comprometeu com os trabalhadores, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho. “O governo está dando R$ 18 bi de isenção para os empresários e não dá R$ 3 bi para os trabalhadores se aposentarem. Na fábrica, a produção caiu, as montadoras estão dando férias ou demitindo, os juros estão altos, tem a administração desastrosa da Petrobras, as perdas na correção do Fundo de Garantia, que chegam a 101%”, afirmou Paulinho.

Paulinho disse ainda que é preciso defender a Copa do Mundo, mas mostrar as dificuldades que os trabalhadores estão passando. Ele propôs que uma semana antes da Copa os metalúrgicos façam uma grande manifestação para mostrar pra imprensa internacional e pro mundo a insatisfação dos trabalhadores e foi aplaudido pelo plenário.


Diretora Elza

Por todas estas questões, a diretora financeira, Elza Costa Pereira, disse que este é o momento dos trabalhadores agirem. “É o momento do voto, vamos exercer nossa cidadania e com consciência, é a hora de agirmos porque é com nossa ação que mudamos a situação”.

O secretário-geral, Arakém, reforçou a importância da participação dos trabalhadores nas lutas e afirmou que a categoria só é forte na medida em que se organiza. “Este é o momento de unidade, de luta para que a gente possa continuar avançando”, disse.

No final da reunião, o presidente Miguel Torres reforçou que “este é o momento dos trabalhadores se mobilizarem e convidou todos para o 1º de Maio da Força Sindical, que será realizado na Praça Campo de Bagatelle, com sorteio de carros e muito show. “Será um dia de festa, mas também de reflexão sobre a história dos trabalhadores”, disse.


Secretário-geral Arakém

Diretor Cláudio Prado

Diretores responsáveis pela convocação dos trabalhadores para a reunião: Adriano, Bombeirinho, Curió, Emerson, José Luiz, Josias, Mala, Maurício Forte, Mixirica, Nelson, Ninja, Sales, Rubens e os coordenadores Mazuti e Noel.

Fotos: Jaelcio Santana e Paulo Segura