“A pretexto de dar mais competitividade à produção nacional, o governo tem beneficiado vários setores econômicos com a desoneração da folha de pagamento, sem exigir que as empresas garantam contrapartidas sociais para os trabalhadores e empregabilidade.
Por isto, no ato de 6 de junho, com participação das categorias da Força Sindical, vamos exigir medidas concretas contra a alta rotatividade da mão de obra e a prática das empresas abusarem nas demissões, contratarem trabalhadores por salários menores ou pelo piso.
Contra a dispensa imotivada, que gera alta rotatividade, defendemos a ratificação e o cumprimento da Convenção 158 da OIT, que em 2008 foi encaminhada para apreciação do Congresso, mas o governo nada fez para acelerar a votação.
A alta rotatividade e as dispensas imotivadas e arbitrárias impedem o desenvolvimento, aumentam os gastos com seguro-desemprego e criam insegurança social, principalmente em situações de crise. Os empregos, além de vitais para os trabalhadores terem ganhos salariais e cidadania, fortalecem o mercado interno.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Opinião publicada no Diário de S.Paulo, edição de 30 de maio de 2014 – página 11