Ocupação que avançou apenas 0,6% não foi capaz de absorver pessoas à procura de emprego
RIO – Pela primeira vez desde 2009, a taxa de desemprego subiu no país. A taxa de desocupação passou de 6,1%, em 2012, para 6,5%, em 2013, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013. O movimento ocorreu em todas as regiões do país, com exceção do Sul, onde houve recuo de 2,2%. A alta mais expressiva foi na região Norte, que teve queda na ocupação. Lá a taxa de desemprego aumentou um ponto percentual, para 7,3%. No país, a ocupação, que teve crescimento modesto de 0,6%, foi insuficiente para absorver a parcela da população que procurava emprego.
A maior parte das vagas foi gerada no setor de Serviços, que tiveram alta de 2,5% e de Comércio que teve crescimento de 1,1%. Já a indústria cortou postos: uma queda de 3,5% entre 2012 e 2013, o que significou redução na participação da população ocupada em 0,5 ponto percentual, para 13,5%.
A taxa de desocupação seria ainda mais alta não fosse a saída de pessoas do mercado de trabalho. A população fora da força de trabalho aumentou 2,9% no ano passado, sobretudo, entre os jovens. A taxa de atividade, que mede a parcela que estava no mercado ocupada ou à procura de emprego entre a população acima de 15 anos, ficou em 65,5%, pouco abaixo daquela de 2012, 65,9%, mas bem inferior a de 2008, quando fora de 68,6%.
Apesar da alta do desemprego na Pnad, dados de outra pesquisa, a Pnad Contínua, trimestral e mais ampla em número de municípios e com questionário diferente, mostraram uma redução da taxa de desemprego no país, de 7,3%, em 2012, para 7,1%, em 2013.