O cenário de desaceleração econômica no País que, por consequência, afeta o Grande ABC, teve impacto certeiro no bolso do trabalhador. A renda média dos moradores que atuam nas indústrias das sete cidades teve decréscimo real de 5,8% neste ano, ou seja, além do desconto da inflação.
Enquanto em 2013 os funcionários das indústrias tinham salário mensal médio de R$ 2.689,80, neste ano o valor caiu para R$ 2.532,66. As informações são de recorte da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano).
A indústria é prejudicada, principalmente, quando a economia não está bem azeitada. Isso porque, em geral, a demanda por sua produção diminui, gerando queda nas vendas e no faturamento, enquanto os custos continuam os mesmos, ou até sobem, e os concorrentes, internacionais em algumas situações, como no setor de autopeças, ficam cada vez mais agressivos na estratégia de preços.
Devido à força do setor, que anda abalada, a renda do morador da região que trabalha com serviços caiu 3,4%, de R$ 2.031,54 para R$ 1.962,38.
“O setor de serviços é reflexo dessa queda (da renda da indústria). É claro que os serviços englobam uma série de atividades que ainda não foram impactadas pela crise. Mas temos que lembrar que o Grande ABC tem um segmento muito forte de serviços industriais, especificamente para a indústria metalmecânica (com forte presença na região)”, avaliou o gestor do Inpes/USCS, Leandro Prearo.
A pesquisa é realizada por meio de coleta de entrevistas no Grande ABC. Portanto, reflete a renda média dos moradores, e não necessariamente daqueles que atuam no Grande ABC. “Sabemos que, em média, 40% deles não trabalham no município em que moram”, observou Prearo. Os dados foram coletados em fevereiro, e comparados com o mesmo período do ano anterior.
No comércio, na contramão, houve incremento de 7,4% nos salários, provavelmente estimulado pelas vendas informais, atingindo média de R$ 1.894.
Pela ótica da divisão municipal da região, apenas duas cidades apresentaram queda na renda média. São elas Santo André (-7,5%) e São Caetano (-6,9%). Nos demais municípios, observa Prearo, cabe destacar possível influência do trabalho sem registro, no que diz respeito à remuneração, uma vez que a pesquisa não diferencia as remunerações de trabalho com ou sem carteira assinada ou autônomo.
O coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio, lembra que, com base em dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que são repassados pelas empresas instaladas na região e se referem só ao trabalho formal, todas as cidades tiveram queda na renda média.
O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo Silva Pereira, o
Espirro, destaca a alta rotatividade no segmento da categoria, no qual patrões demitem funcionários com anos de casa para contratar outros pelo piso, por exemplo.
Trabalho informal e fora do município explicam diferença
Conforme o resultado de fevereiro da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), os moradores de São Bernardo tiveram incremento médio real na renda de 6,5%. Entre as hipóteses que sustentariam esses dados está o trabalho informal, principalmente no comércio, e a atuação fora do município em que reside – que ocorre com 40% dos profissionais. Porém, observa o gestor do Inpes/USCS, Leandro Prearo, existe a possibilidade, simplesmente, de ajuste nos valores pagos, o que pode também ser impulsionado pela rotatividade.
Prearo explica que normalmente os resultado referente à remuneração das cidades são bem parecidos em valores e variações, devido às características econômicas semelhantes. “Acredito que possa ser um ajuste”, diz o especialista.
Em valores, enquanto São Bernardo tinha renda média de R$ 2.057,87 em fevereiro de 2013, Santo André estava com R$ 2.564,94. Neste ano, a mesma relação passou para R$ 2.191,13 e R$ 2.372,67 (queda de 7,5%), e a diferença entre ambos diminuiu.
Salário médio da região está 1,1% menor do que em 2013
“A redução na renda média dos trabalhadores na região é reflexo da queda na atividade econômica”, garantiu o coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. Sua afirmação é referente ao resultado da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), que mostra recuo de 1,1% nos salários médios do Grande ABC em fevereiro, contra o mesmo período de 2013.
“Não haveria queda na massa salarial, por exemplo,se a economia estivesse indo bem. Esse é o canal do impacto. Com atividade caindo, renda e massa são menores”, disse o especialista.
A renda média mensal do morador da região passou de R$ 2.058,94, no ano passado, para R$ 2.036,56.
Renda média da indústria tem queda real de 5,8%
O cenário de desaceleração econômica no País que, por consequência, afeta o Grande ABC, teve impacto certeiro no bolso do trabalhador. A renda média dos moradores que atuam nas indústrias das sete cidades teve decréscimo real de 5,8% neste ano, ou seja, além do desconto da inflação.
Enquanto em 2013 os funcionários das indústrias tinham salário mensal médio de R$ 2.689,80, neste ano o valor caiu para R$ 2.532,66. As informações são de recorte da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano).
A indústria é prejudicada, principalmente, quando a economia não está bem azeitada. Isso porque, em geral, a demanda por sua produção diminui, gerando queda nas vendas e no faturamento, enquanto os custos continuam os mesmos, ou até sobem, e os concorrentes, internacionais em algumas situações, como no setor de autopeças, ficam cada vez mais agressivos na estratégia de preços.
Devido à força do setor, que anda abalada, a renda do morador da região que trabalha com serviços caiu 3,4%, de R$ 2.031,54 para R$ 1.962,38.
“O setor de serviços é reflexo dessa queda (da renda da indústria). É claro que os serviços englobam uma série de atividades que ainda não foram impactadas pela crise. Mas temos que lembrar que o Grande ABC tem um segmento muito forte de serviços industriais, especificamente para a indústria metalmecânica (com forte presença na região)”, avaliou o gestor do Inpes/USCS, Leandro Prearo.
A pesquisa é realizada por meio de coleta de entrevistas no Grande ABC. Portanto, reflete a renda média dos moradores, e não necessariamente daqueles que atuam no Grande ABC. “Sabemos que, em média, 40% deles não trabalham no município em que moram”, observou Prearo. Os dados foram coletados em fevereiro, e comparados com o mesmo período do ano anterior.
No comércio, na contramão, houve incremento de 7,4% nos salários, provavelmente estimulado pelas vendas informais, atingindo média de R$ 1.894.
Pela ótica da divisão municipal da região, apenas duas cidades apresentaram queda na renda média. São elas Santo André (-7,5%) e São Caetano (-6,9%). Nos demais municípios, observa Prearo, cabe destacar possível influência do trabalho sem registro, no que diz respeito à remuneração, uma vez que a pesquisa não diferencia as remunerações de trabalho com ou sem carteira assinada ou autônomo.
O coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio, lembra que, com base em dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que são repassados pelas empresas instaladas na região e se referem só ao trabalho formal, todas as cidades tiveram queda na renda média.
O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo Silva Pereira, o
Espirro, destaca a alta rotatividade no segmento da categoria, no qual patrões demitem funcionários com anos de casa para contratar outros pelo piso, por exemplo.
Trabalho informal e fora do município explicam diferença
Conforme o resultado de fevereiro da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), os moradores de São Bernardo tiveram incremento médio real na renda de 6,5%. Entre as hipóteses que sustentariam esses dados está o trabalho informal, principalmente no comércio, e a atuação fora do município em que reside – que ocorre com 40% dos profissionais. Porém, observa o gestor do Inpes/USCS, Leandro Prearo, existe a possibilidade, simplesmente, de ajuste nos valores pagos, o que pode também ser impulsionado pela rotatividade.
Prearo explica que normalmente os resultado referente à remuneração das cidades são bem parecidos em valores e variações, devido às características econômicas semelhantes. “Acredito que possa ser um ajuste”, diz o especialista.
Em valores, enquanto São Bernardo tinha renda média de R$ 2.057,87 em fevereiro de 2013, Santo André estava com R$ 2.564,94. Neste ano, a mesma relação passou para R$ 2.191,13 e R$ 2.372,67 (queda de 7,5%), e a diferença entre ambos diminuiu.
Salário médio da região está 1,1% menor do que em 2013
“A redução na renda média dos trabalhadores na região é reflexo da queda na atividade econômica”, garantiu o coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. Sua afirmação é referente ao resultado da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), que mostra recuo de 1,1% nos salários médios do Grande ABC em fevereiro, contra o mesmo período de 2013.
“Não haveria queda na massa salarial, por exemplo,se a economia estivesse indo bem. Esse é o canal do impacto. Com atividade caindo, renda e massa são menores”, disse o especialista.
A renda média mensal do morador da região passou de R$ 2.058,94, no ano passado, para R$ 2.036,56.
Renda média da indústria tem queda real de 5,8%
O cenário de desaceleração econômica no País que, por consequência, afeta o Grande ABC, teve impacto certeiro no bolso do trabalhador. A renda média dos moradores que atuam nas indústrias das sete cidades teve decréscimo real de 5,8% neste ano, ou seja, além do desconto da inflação.
Enquanto em 2013 os funcionários das indústrias tinham salário mensal médio de R$ 2.689,80, neste ano o valor caiu para R$ 2.532,66. As informações são de recorte da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano).
A indústria é prejudicada, principalmente, quando a economia não está bem azeitada. Isso porque, em geral, a demanda por sua produção diminui, gerando queda nas vendas e no faturamento, enquanto os custos continuam os mesmos, ou até sobem, e os concorrentes, internacionais em algumas situações, como no setor de autopeças, ficam cada vez mais agressivos na estratégia de preços.
Devido à força do setor, que anda abalada, a renda do morador da região que trabalha com serviços caiu 3,4%, de R$ 2.031,54 para R$ 1.962,38.
“O setor de serviços é reflexo dessa queda (da renda da indústria). É claro que os serviços englobam uma série de atividades que ainda não foram impactadas pela crise. Mas temos que lembrar que o Grande ABC tem um segmento muito forte de serviços industriais, especificamente para a indústria metalmecânica (com forte presença na região)”, avaliou o gestor do Inpes/USCS, Leandro Prearo.
A pesquisa é realizada por meio de coleta de entrevistas no Grande ABC. Portanto, reflete a renda média dos moradores, e não necessariamente daqueles que atuam no Grande ABC. “Sabemos que, em média, 40% deles não trabalham no município em que moram”, observou Prearo. Os dados foram coletados em fevereiro, e comparados com o mesmo período do ano anterior.
No comércio, na contramão, houve incremento de 7,4% nos salários, provavelmente estimulado pelas vendas informais, atingindo média de R$ 1.894.
Pela ótica da divisão municipal da região, apenas duas cidades apresentaram queda na renda média. São elas Santo André (-7,5%) e São Caetano (-6,9%). Nos demais municípios, observa Prearo, cabe destacar possível influência do trabalho sem registro, no que diz respeito à remuneração, uma vez que a pesquisa não diferencia as remunerações de trabalho com ou sem carteira assinada ou autônomo.
O coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio, lembra que, com base em dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que são repassados pelas empresas instaladas na região e se referem só ao trabalho formal, todas as cidades tiveram queda na renda média.
O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo Silva Pereira, o
Espirro, destaca a alta rotatividade no segmento da categoria, no qual patrões demitem funcionários com anos de casa para contratar outros pelo piso, por exemplo.
Trabalho informal e fora do município explicam diferença
Conforme o resultado de fevereiro da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), os moradores de São Bernardo tiveram incremento médio real na renda de 6,5%. Entre as hipóteses que sustentariam esses dados está o trabalho informal, principalmente no comércio, e a atuação fora do município em que reside – que ocorre com 40% dos profissionais. Porém, observa o gestor do Inpes/USCS, Leandro Prearo, existe a possibilidade, simplesmente, de ajuste nos valores pagos, o que pode também ser impulsionado pela rotatividade.
Prearo explica que normalmente os resultado referente à remuneração das cidades são bem parecidos em valores e variações, devido às características econômicas semelhantes. “Acredito que possa ser um ajuste”, diz o especialista.
Em valores, enquanto São Bernardo tinha renda média de R$ 2.057,87 em fevereiro de 2013, Santo André estava com R$ 2.564,94. Neste ano, a mesma relação passou para R$ 2.191,13 e R$ 2.372,67 (queda de 7,5%), e a diferença entre ambos diminuiu.
Salário médio da região está 1,1% menor do que em 2013
“A redução na renda média dos trabalhadores na região é reflexo da queda na atividade econômica”, garantiu o coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. Sua afirmação é referente ao resultado da Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), que mostra recuo de 1,1% nos salários médios do Grande ABC em fevereiro, contra o mesmo período de 2013.
“Não haveria queda na massa salarial, por exemplo,se a economia estivesse indo bem. Esse é o canal do impacto. Com atividade caindo, renda e massa são menores”, disse o especialista.
A renda média mensal do morador da região passou de R$ 2.058,94, no ano passado, para R$ 2.036,56.