No final do mês de maio, o movimento sindical promoveu dois grandes eventos, que mobilizaram trabalhadores, sindicalistas e também empresários da indústria.
Um deles, no dia 25, foi uma grande mobilização no Congresso Nacional em defesa da redução da jornada de trabalho para 40h semanais. O outro, no dia 26, foi o Seminário Brasil do Diálogo, da Produção e do Emprego, organizado pela Fiesp, Força Sindical, CUT, e os Sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo e do ABC.
A ação pelas 40h, organizada pela Força Sindical e demais centrais, reuniu milhares de dirigentes e trabalhadores de todo o País numa grande mobilização pacífica no Congresso Nacional para exigir a votação do projeto (PEC 245) de redução da jornada sem redução de salário.
Nossas lideranças se reuniram com o presidente da Câmara, Marco Maia, e um dia antes da mobilização, foram recebidas pelo presidente do Senado, José Sarney, e pediram apoio ao projeto.
Jornalistas de todos os veículos de comunicação acompanharam a mobilização, entrevistaram parlamentares e sindicalistas, como o deputado federal Paulinho da Força.
Mas nenhum registro dessa ação foi publicado nos jornais ou divulgado pelas rádios e TVs.
Os donos da mídia são contra a redução da jornada e, por isso, não divulgam nada, não informam, impedindo que o debate de tão importante questão seja levado para a sociedade.
Cadê a imparcialidade que esses veículos dizem praticar? Como fortalecer a democracia, se a informação, que é o instrumento fundamental da educação e conscientização, está sendo negada?
No caso do seminário em defesa da produção e do emprego, realizado em São Paulo, a mídia também esteve presente. Entrevistou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, os presidentes das centrais, Paulinho da Força, e da CUT, Artur Henrique, as autoridades presentes, como os ministros Fernando Pimentel (Indústria e Comércio), Aloízio Mercadante (Ciência e Tecnologia), o vice-presidente da República, Michel Temer.
Novamente, não falou do evento, nem da aprovação do documento que foi encaminhado à presidente Dilma. Publicaram informações dadas pelas autoridades, sem mencionar o seminário.
Sabemos que a mídia é importante, mas não seremos reféns dela. Nada disso vai impedir os trabalhadores de avançarem na luta pelas 40h, pela regularização da terceirização, trabalho decente, regulamentação das Convenções 158 (contra a demissão imotivada) e 151 (direito de greve e negociação dos servidores públicos), valorização dos pisos salariais, reconhecimento dos delegados sindicais e comissões de fábrica, fortalecimento dos sindicatos e centrais sindicais.
A luta continua, companheiros e companheiras, pelos trabalhadores e por um Brasil mais justo!