No Dia do Trabalhador cerca de um milhão de pessoas que compareceram à praça Campo de Bagatelle aprovaram proposta das centrais sindicais de realizar uma grande manifestação nacional.
O objetivo é forçar o governo federal a incorporar a agenda trabalhista como seu programa político. A data ainda será definida por dirigentes da Força Sindical, UGT, CTB, CGTB e Nova Central.
Não abrimos mão de nossas propostas estratégicas que têm o objetivo de desenvolver o país com valorização do trabalho. Os avanços dos indicadores sociais verificados nos últimos anos demonstram ser possível combinar crescimento econômico com desenvolvimento social.
Ainda convivemos com altas taxas de desemprego, salários baixos, informalidade e rotatividade muito altas. Estas questões precisam ser enfrentadas pelo movimento sindical. E isto requer das centrais unidade de ação para que o desenvolvimento em curso seja orientado pela democracia, soberania do país e valorização do trabalho.
Além destas questões gerais não podemos esquecer da nossa briga pelo fim do fator previdenciário e do imposto de renda sobre a PLR e abonos salariais. Precisamos ainda centrar fogo na proteção da indústria nacional e do emprego, assim como reivindicar a redução dos juros.
É lógico que apoiamos as alterações na caderneta de poupança com vistas à diminuição da taxa Selic. Acreditamos no crescimento econômico e no aumento do emprego como fatores essenciais para melhorar a vida do povo brasileiro. Mas, para isso, o governo precisa manter a política de proteção à indústria nacional e acelerar o corte dos juros.
Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, é presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes