É lamentável que o próprio Banco Central tenha divulgado uma estimativa dando conta de uma retração no PIB (Produto Interno Bruto) – valor dos bens e serviços que o país produz no ano na agropecuária, na indústria e em serviços – em 2014, cujo crescimento deverá ficar em 0,7%, contrariando a indicação anterior de 1,6% e, até, o 0,9% cravado pelo Ministério do Planejamento há coisa de uma semana.
E, para o ano que vem, apesar de ainda não existir uma previsão oficial, a projeção do BC aponta que, nos próximos quatro trimestres (contando-se os dois últimos trimestres de 2014 mais os dois primeiros trimestres de 2015), o PIB deverá ficar em 1,2%, o que implicará na continuidade do “Pibinho”, com a produção mantida em ritmo lento – assim como a renda –, com um crescimento quase que irrisório nos primeiros meses do próximo governo.
O Brasil – como Força Sindical vem alertando por reiteradas vezes – não vai crescer economicamente enquanto ocupar o posto de campeão mundial em juros altos, e se o governo insistir em praticar sua política de incentivo às importações e à desindustrialização. Se nossa economia está em séria recessão, a culpa é do próprio governo.