Centrais Sindicais e empresários se unem em lançamento oficial da Coalizão Indústria-Trabalho
As Centrais Força Sindical, UGT e CGTB, e representantes de diversas entidades empresariais, se uniram pela recuperação da indústria nacional de transformação, que vem sistematicamente perdendo participação no PIB. Na década de 80, a participação do setor era de 35%, mas despencou para 12% em 2014. O primeiro passo foi dado ontem (6), com o lançamento oficial da Coalizão Indústria-Trabalho para a competitividade e o desenvolvimento, no Palácio das Convenções do Anhembi, com a presença de trabalhadores e empresários.
Sindicalistas e o patronal divulgaram um manifesto alertando a sociedade de que a competitividade da indústria da transformação nacional está sendo destruída. “Não estamos fazendo ato contra o governo, mas em favor do Brasil. O que está em jogo é o nosso futuro. Temos a responsabilidade de trazer, para junto de nós, as outras Centrais Sindicais e empresários que ainda não participam da Coalizão. Precisamos ver os pontos que nos unem, pois todos queremos uma indústria pujante e os trabalhadores com salários dignos e benefícios sociais”, declarou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
O deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, (Solidariedade-SP), observou que a indústria nacional vem sofrendo com o descaso. “Ou os trabalhadores e empresários de aliam ou nosso País não terá futuro. A conta chegou para nós. Vamos juntar forças para salvar a indústria nacional”, disse.
O empresário Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq/Sindimaq (associação e sindicato da indústria de máquinas), afirmou que “sem indústria o Brasil não será um país desenvolvido. É um grito de alerta”, ressalta. Já o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, do grupo Gerdau, disse estar convicto da vitória, “mas a batalha não será nada fácil”. No manifesto, foram citados alguns pontos que impactam negativamente o resultado das indústrias: câmbio, juros elevados, cumulatividade de impostos e elevada carga tributária.