Cartilha elaborada pelo CNJ vai orientar escolas sobre bullying


Uma cartilha para ajudar professores e pais a prevenir o problema do bullying será distribuída nas escolas do país.

Cerca de 46 mil cartilhas serão encaminhadas a tribunais, Ministério da Educação e secretarias estaduais de ensino.

Elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o material de autoria da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa da Silva é didático e pretende auxiliar os educadores a lidar com a violência psicológica e até física sofrida por crianças e adolescentes.

Além de ajudar a identificar vítimas e agressores desse tipo de violência, a cartilha fala sobre como a escola pode evitar o bullying.

A exposição dos envolvidos nesse tipo de conflito pode causar mais prejuízos do que os causados pelo bullying.

A psiquiatra defende a criação de estruturas de conciliação nas escolas com profissionais especializados.

A cartilha é uma das iniciativas do Projeto Justiça nas Escolas, que visa aproximar o Judiciário das instituições de ensino no combate e na prevenção de problemas que afetam os alunos.

Bullying: o que é

É uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo “ameaçar, intimidar”. A versão digital desse tipo de comportamento é chamada de cyberbullying, quando as ameaças são propagadas pelo meio virtual.

Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. E todo ambiente escolar pode apresentar esse problema.

“A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência”, diz o médico pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), que estuda o problema há nove anos.