Por Vandson Lima, Bruno Peres, Thiago Resende e Raquel Ulhôa
De Brasília
Em meio à crise na base aliada do governo em torno das medidas do ajuste fiscal, o Senado aprovou ontem, com 39 votos favoráveis e 32 contrários, a Medida Provisória 665, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego, abono-salarial e seguro-defeso ao pescador artesanal.
Essa foi apenas a primeira das MPs que compõem o pacote de ajuste. Ainda terão de ser apreciadas pelo Senado a MP 664, que altera a concessão de benefícios previdenciários, e a MP 668, que aumenta as alíquotas de PIS e Cofins dos importados. Ambas perderão eficácia se não foram aprovadas até segunda-feira. Entre os senadores petistas, votaram contra a medida Lindbergh Farias (RJ), Walter Pinheiro (BA) e Paulo Paim (RS).
Na votação da reforma política, na Câmara, os deputados derrubaram a proposta de voto distrital misto, defendido por PT e PSDB, e também de voto em lista fechada. O chamado “distritão”, defendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também não foi aprovado. Obteve somente 210 votos, insuficientes para a aprovação de emendas à Constituição (308).