Centrais realizam protesto contra juros altos nesta terça, 28

A atual taxa de juros é proibitiva para a produção e ratifica o aperto monetário em detrimento do emprego

23031-miguel-_jaja

A Força Sindical, ao lado das demais Centrais Sindicais, irão realizar, na próxima terça-feira, dia 28, às 11:30 horas, em frente ao prédio do Banco Central, na Av. Paulista, São Paulo, um grande protesto contra os juros altos. A manifestação irá acontecer na mesma data em que tem início a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para decidir qual será a nova taxa básica de juros (Selic).

“A taxa básica de juros já está em 13,75% ao ano, ou seja, um patamar que se mostra totalmente proibitivo para a produção, e que ratifica o aperto monetário que o governo se propôs a realizar em detrimento dos empregos”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Segundo o presidente da Central, mais uma vez o governo optou por atender aos interesses dos grandes especuladores. As consequências desta escolha, de elevar a taxa Selic, não poderiam ser mais devastadoras: redução do consumo, da produção e do emprego. A medida evidencia a total falta de prioridade e de bom senso do governo com relação ao crescimento econômico, e, sobretudo, com relação ao desenvolvimento brasileiro.

“Este caminho escolhido pelo governo como forma de combater a crise e para derrubar a inflação – sem qualquer sucesso – é extremamente preocupante. Reduzir o índice de inflação é, efetivamente, muito importante, só que os trabalhadores não podem arcar com este ônus, pagar a conta de uma crise que não foram eles que provocaram. Nossos companheiros têm, frequentemente, nos relatado um grande número de demissões que vêm ocorrendo nas mais variadas categorias nos Estados”, declara Eunice Cabral, presidenta do Sindicato das Costureiras de São Paulo e da Confederação dos trabalhadores do setor.

Entendemos que a política monetária precisa ser subordinada a um projeto de desenvolvimento para o País, e não o contrário. Os resultados da indústria nos últimos anos foram decepcionantes. Os trabalhadores do nosso setor – e dos demais setores de atividade – são prejudicados, e já sentem os impactos dessa estagnação com a perda de empregos.