Paralisação teve início na segunda(10) após montadora anunciar demissões.
Sindicato quer que a GM anule as demissões e garanta estabilidade.
Os funcionários da fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos decidiram manter a greve geral na manhã desta terça-feira (11). Cerca de cinco mil operários iniciaram a paralisação na manhã de segunda-feira (10), após a montadora anunciar demissões na unidade.
A assembleia que decidiu manter a greve nesta terça-feira foi realizada por volta das 8h na sede da montadora. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa ainda não convocou a categoria para uma possível negociação com relação às demissões.
“O movimento vai continuar até que a empresa reverta o quadro de demissões. A cada hora chega um funcionário dizendo que foi demitido, esse número pode ser ainda maior”, disse Renato Almeida, secretário geral do sindicato.
Apesar da empresa não ter confirmado o total de demissões, o sindicato estima que cerca de 250 funcionários tenham sido desligados até o final da tarde desta segunda-feira (10). A unidade de São José dos Campos tem cinco mil funcionários e produz modelos S10 e Trailblazer.
Além de tentar negociar com a empresa, o sindicato articula mobilizações para receber apoio do governo contra as demissões. Segundo o sindicato, o caso deve ser levado para uma reunião com o secretário de Estado do Emprego, José Luiz Ribeiro. Além dele, os metalúrgicos também tentam uma reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
Demissões
As demissões na GM de São José foram feitas por meio de um telegrama enviado pela empresa aos funcionários.
No comunicado, a GM alega que as alternativas para fugir da crise foram esgotadas na unidade de São José – com férias coletivas, layoff, banco de horas e programas de desligamento voluntário. A empresa sustenta que as demissões foram motivadas pela redução da demanda do mercado brasileiro, que “registra queda em torno de 30% desde janeiro do ano passado”.
Na nota, a empresa ressaltou ainda que a fábrica de São José é “a unidade menos competitiva da empresa no Brasil”.