Centrais Sindicais protestam em São Paulo contra os juros altos

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Fotos Jaelcio Santana

As Centrais Força Sindical, UGT e CGTB realizaram nesta terça-feira (dia 1º), um protesto contra os juros altos. A manifestação foi realizada em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, na mesma data do início de mais uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que decidirá, até amanhã, a nova taxa Selic (taxa básica de juros).
“Decidimos realizar este ato para mostrar a nossa insatisfação contra esta política econômica desenvolvida pelo governo, que aumenta os juros com o argumento de controlar a inflação. No entanto, os índices de inflação continuam altos, o que demonstra que esta política é ineficaz”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
“Reivindicamos a queda da taxa de juros para que o País possa retomar o crescimento econômico e para que tenhamos um setor produtivo sadio, com geração de empregos de qualidade, em vez de entupirmos o setor financeiro com lucros astronômicos”, afirma João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central.
Os demais dirigentes das Centrais que estiveram no protesto informaram que pretendem realizar manifestações até que o Copom baixe os juros, e o País retome a política de crescimento da economia.

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Manifestação em frente ao Banco Central
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Arakém, secretário-geral do Sindicato
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Juruna, secretário-geral da Força Sindical
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Diretor Cláudio Prado
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Manifestantes ocupam a Avenida Paulista

Comitê do BC começa reunião para decidir sobre taxa básica de juros

Do Portal R7
A expectativa do mercado é de manutenção da Selic no atual patamar, em 14,25% ao ano

Começa na tarde desta terça-feira (1º), a sexta reunião do ano do Copom, do BC (Banco Central). A segunda parte da reunião do comitê, formado pelos diretores e presidente do BC, será realizada amanhã (2). Após a reunião de amanhã, o Copom anunciará a decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic.

A expectativa de instituições financeiras consultadas pelo BC é de manutenção da Selic no atual patamar, em 14,25% ao ano. A Selic passou por um ciclo de sete altas seguidas. Na última reunião, em julho, o Copom aumentou a taxa básica em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Com esse reajuste, a Selic retomou o nível de outubro de 2006.

A taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

Ao manter a Selic no mesmo patamar, a sinalização é que as elevações anteriores foram suficientes para provocar os efeitos esperados na economia. A diretoria do BC tem dito que os efeitos de alta da taxa básica se acumulam e levam tempo para aparecer.