Diário do Grande ABC
Zurique, Genebra e Luxemburgo são as cidades com o custo de vida mais elevado do mundo, mostra a 16ª edição do estudo “UBS Preços e Salários – Eu ganho o suficiente para a vida que eu quero?”. No Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro são apontadas pelo banco como as mais caras para se viver, mesmo neste momento de crise no País.
Ao comparar São Paulo e Rio com as demais locais pesquisados, o custo de vida nesses dois locais é mais alto que Moscou, mas inferior a cidades dos EUA e da Europa Ocidental, conforme o estudo feito com base em uma cesta de 122 produtos e serviços. O levantamento analisa preços, salários e poder aquisitivo de pessoas economicamente ativas em 71 cidades do planeta.
Os habitantes de Zurique, Genebra e Luxemburgo recebem salários brutos maiores que o restante do planeta. Em São Paulo, os salários brutos são cerca de 33% maiores do que no Rio e também superiores aos de trabalhadores de Lisboa, Xangai e Moscou. Ao descontar impostos e contribuições para a previdência social, Copenhague perde 20 posições no ranking salarial por ter deduções da renda de aproximadamente 45%.
Já Nairóbi (África), Jacarta e Kiev são as cidades que ocupam as últimas posições do ranking, pois os trabalhadores recebem apenas cerca de 5% da renda média de Zurique.
O estudo exemplifica que, para se comprar um iPhone 6, o trabalhador que vive no Rio de Janeiro terá de trabalhar em média 140 horas, ou mais de 30 horas além do que os cidadãos de SP. Agora, se ele morar em Zurique, o número diminui substancialmente, onde, para se adquirir o mesmo aparelho celular o trabalhador precisará trabalhar apenas 20 horas.
Em Luxemburgo, Zurique e Genebra, os salários líquidos por hora compram mais produtos e serviços da cesta padronizada do que em qualquer outro local do mundo. Já Nairóbi e Jacarta ocupam a ponta da pesquisa, pois têm o menor poder aquisitivo do mundo, equivalente a um décimo do de Luxemburgo. O preço de um sanduíche Big Mac equivale a quase três horas trabalho em Nairóbi, e apenas nove minutos em Hong Kong.