Mulheres Trabalhadoras das Centrais definem agenda de lutas

Ações têm como objetivo dialogar com a sociedade, com o governo e com a base

“Nós entendemos que quanto mais força unirmos, melhor a gente poderá avançar”, completou a secretária adjunta de Mulheres da Força Sindical, Maria Euzilene Nogueira, a Leninha, também coordenadora do Departamento da Mulher do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
“Vivemos um momento delicado da política brasileira no qual o Fórum têm um papel fundamental para colocar as pautas das mulheres nos debates dentro e fora das nossas centrais”, explicou a secretaria Nacional das Mulheres Trabalhadoras da CUT, Junéia Martins.
As declarações foram feitas pelas dirigentes da Força sindical e da CUT na segunda-feira (dia 19)na reunião do Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, composto pela CUT, CTB, UGT, Força Sindical e Nova Central, esteve reunido na sede do Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) para discutir as ações e pautas das mulheres para os próximos meses.

A reunião teve o objetivo de organizar atividades da luta das mulheres, entre elas, acompanhar os processos de conferências de mulheres estaduais e nacionais, Campanha pela ratificação da Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que divide as responsabilidades familiares.
Diálogo com as Sindicalistas, Marcha das Mulheres Negras, Seminário da Prefeitura de São Paulo sobre Assédio Moral e Sexual nos locais de trabalho, também tema dos 16 dias de ativismos para combater a violência contra mulheres e uma audiência pública, em Brasília, sobre os avanços na igualdade de gênero nas relações de trabalho dos últimos 20 anos, desde a Conferência Mundial sobre a Mulher de Pequim em 1995.
Para a secretária de Comunicação da CTB, Raimunda Gomes, a Doquinha, é muito importante as mulheres pautarem o conjunto do movimento sindical. “Com um diferencial, não é uma atividade das mulheres das centrais, é uma atividade proposta pelo fórum das mulheres das centrais para discussão no conjunto da direção de cada central. “Os homens entram no processo, interagem conosco e fortalecem nossa luta”, justificou Doquinha.
“Todas estas atividades irão culminar somente num objetivo que nós temos que é trabalhar contra a desigualdade social. É mostrar para a sociedade que nós temos todas as necessidades iguais aos dos homens. É o começo de uma grande luta”, destacou a secretária de mulheres da União Geral do Trabalhador (UGT), Regina Pessoti.
“É de muita importância este debate que as centrais sindicais fazem no Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras para a gente pleitear a nossa pauta. Que a gente consiga uma sociedade mais justa e mais igualitária, e que as mulheres sejam protagonistas neste processo”, finalizou a secretária Nacional de Mulheres da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Sonia Maria Zerino da Silva.

Serviços:
Diálogo com as Sindicalistas
27 de Outubro, em Brasília
Audiência Pública para debater sobre os 20 anos da Conferência Mundial sobre a Mulher em Pequim, que aconteceu em 1995 e o Lançamento da Campanha 156, que trata da ratificação da Convenção 156.

No dia 12 de novembro, no plenário 3, Anexo II, Câmara dos Deputados
Às 9h30

Marcha das Mulheres Negras
18 de novembro, em Brasília

Atividade sobre os 16 dias de ativismo do Fórum
Panfletagem e atividades culturais
01 de dezembro na Praça Patriarca

Seminário da Prefeitura referente aos 16 dias de Ativismo – tema assédio moral e sexual no trabalho
07 de dezembro

Processo de Conferências da mulher
9 à 12 de dezembro em São Paulo

Sobre os 16 dias de ativismo
A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” foi criada em 1991 por 23 feministas de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), nos Estados Unidos. Trata-se de uma mobilização educativa e de massa, que luta pela erradicação desse tipo de violência e pela garantia dos direitos humanos das mulheres. A campanha é realizada em 159 países.