O piso nacional passa a valer R$ 880 a partir de janeiro de 2016. A divulgação do novo valor do salário mínimo merece duas reflexões.
A primeira refere-se ao pequeno aumento real de apenas 0,1%. Isto é resultado da equivocada política econômica que travou o crescimento do País. Vale lembrar que no acordo, conquistado pelas centrais sindicais em 2006, o reajuste do salário mínimo é composto pela fórmula resultado da soma da inflação mais o PIB de anos anteriores. Como o PIB de 2014 foi pífio, resultou neste mísero aumento.
A segunda reflexão é a importância da luta das entidades sindicais, que fizeram Marchas à Brasília, organizaram atos e negociaram com o governo e o Congresso Nacional um acordo histórico que garante reajuste anual. Vale lembrar também que os reajustes derivados deste acordo foram extremamente importantes para o fortalecimento do mercado interno, aumentando o consumo, a produção e, consequentemente, gerando novos postos de trabalho.
Destacamos também que um reajuste digno para o salário mínimo ajudará a aumentar o piso de diversas categorias. Os tecnocratas do governo precisam entender que um Salário mínimo digno é uma forma de distribuir renda.