Habitação e transporte tiveram variações acima da inflação.
Alimentação pressionou custo de vida em dezembro na cidade.
Do G1, em São Paulo
Em 2015, o Índice do Custo de Vida calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) registrou variação de 11,46%, 4,73 pontos percentuais acima do apurado em 2014, que correspondeu a 6,73%.
Dos 10 grupos que compõem o índice, em apenas dois houve variações superiores à inflação: habitação (15,7%) e transporte (15,13%). Os outros grupos registraram taxas menores: alimentação (10,55%), despesas pessoais (10,15%), saúde (9,13%), despesas diversas (8,36%), educação e leitura (8,29%), recreação (7,21%), equipamento doméstico (2,46%) e vestuário (0,14%).
De acordo com o Dieese, as famílias de menor rendimento foram as mais atingidas, já que na medida em que o poder aquisitivo aumenta, a taxa diminui.
Entre os grupos analisados, habitação apresentou a maior taxa acumulada, com destaque para eletricidade (71,11%), gás de botijão (24,45%) e água e esgoto (22,79%). Para o subgrupo locação, impostos e condomínio, a taxa foi de 8,25%; já para o da conservação, 6,38%.
No caso do transporte também foram registradas taxas expressivas, segundo o Dieese, com destaque para transporte individual (15,17%) com maiores reajustes foram álcool (34,23%), gasolina (18,65%), diesel (14,37%), estacionamento (14,34%) e óleos lubrificantes (11,43%); e transporte coletivo (15,03%): metrô (17,1%), ônibus comum (16,67%), trem (16,67%) e ônibus intermunicipal (16,49%).
Na alimentação (10,55%) contribuíram para o índice os produtos in natura e semielaborados (11,96%), alimentação fora do domicílio (10,60%) e bens da indústria alimentícia (8,58%), com destaque para cebola (60,07%), batata (41,70%), feijão (34,56%), alho (32,88%), mandioquinha (29,34%), manga (26,70%), tomate (26,60%), abobrinha (25,44%), ovos (15,58%), carne bovina (13,45%) e aves (12,51%).
Os produtos da indústria alimentícia que registraram as maiores taxas acumuladas foram açúcar (32,94%), conservas doces (29,08%), azeite (20,70%), pão de hambúrguer (19,59%), pão de cachorro quente (18,90%), azeitona (18,15%), tempero pronto (17,52%), maisena (16,07%), óleo (15,91%), chá (15,66%), fermento em pó (15,59%), tempero em pó (14,31%), mel (14,19%), extrato de tomate (14,17%), bebida alcoólica (11,57%), hambúrguer e almôndega (11,31%), café em pó (10,43%) e pão francês (10,42%).
Os aumentos na alimentação fora do domicílio foram de 10,5% para refeições principais e 10,73% para os lanches.
Alimentos pressionam
O custo de vida aumentou 0,77% em dezembro na cidade de São Paulo, com recuo de 0,25 ponto percentual em relação a novembro. Os gastos com alimentação estiveram no mesmo patamar registrado no mês anterior, com taxa de 1,08% e impacto de 0,34 ponto percentual.
Em seguida, saúde (1,54%), transporte (0,91%) e habitação (0,26%) foram os que apresentaram as maiores contribuições, de, respectivamente, 0,22 p.p., 0,13 p.p. e 0,06 p.p.