Protesto critica juros altos e exige medidas de retomada do desenvolvimento

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Miguel Torres no protesto contra o aumento da taxa Selic – Foto Jaélcio Santana

Miguel Torres, presidente do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e vice-presidente da Força Sindical, participou do protesto contra os juros altos e repudiou as medidas do governo que tiram direitos dos trabalhadores e impedem a retomada do desenvolvimento econômico do País.

O protesto, realizado nesta terça, 19 de janeiro, na Avenida Paulista, em frente do Banco Central, foi a primeira manifestação conjunta das centrais sindicais neste início de ano, e reuniu diretores e assessores do nosso Sindicato, dirigentes de várias categorias, centrais Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB, CTB e CUT, estudantes e movimentos sociais.

“É um remédio sem eficácia combater a inflação com aumento dos juros. Mas, infelizmente, tudo indica que o Comitê de Política Monetária, do Banco Central, irá aumentar a taxa Selic de 14,25% para até 15%. Reafirmamos nosso repúdio aos juros altos e exigimos ações mais eficazes do governo federal contra a crise, que possam recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento, com emprego e respeito aos direitos da classe trabalhadora, valorização do setor produtivo e fortalecimento da indústria nacional”, diz Miguel Torres, acrescentando que aumentar os juros para baixar a inflação é um remédio com data de validade vencida. “Da próxima vez temos que fazer protesto em frente a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não em frente o BC”, ironizou.

Para o presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, “o Banco Central tinha que dar um sinal contrário às expectativas do mercado e não aumentar a taxa básica amanhã. Tem que começar a baixar”, disse, ao defender novos atos para mudar a política econômica.

Segundo Paulinho, a política econômica está errada e resultando em grande déficit nas contas públicas.” Para cobrir este rombo o governo deve cortar programas sociais Além disso, o desemprego, que já é alto, tende a aumentar este ano. Ninguém vai investir na produção neste País com juros de 15%. Quem tem dinheiro vai aplicar no mercado financeiro e ganhar sem trabalhar”, afirmou.

Juruna, secretário-geral da Força, destacou que os juros altos emperram a produção e acabam com os empregos.

O Copom está reunido nesta terça e quarta-feira para definir a nova taxa Selic.

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