Centrais farão manifestações pelo emprego por todo o País

1º ato será na Baixada Santista.
Demissões na Usiminas causaram
grande impacto nas cidades da região

As Centrais Sindicais farão uma grande manifestação na Baixada Santista visando pressionar o governo a mudar sua política econômica para a economia voltar a crescer e gerar empregos. A luta será também contra a reforma da Previdência.

A estratégia de luta foi decidida na reunião da Operativa da Força Sindical. “O presidente da Central, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, sugeriu que propuséssemos esta ação às Centrais. Todas aceitaram e atos deverão acontecer por todo o País. O primeiro será na Baixada Santista”, declara Herbert Passos, presidente regional da Força.

Miguel Torres, vice-presidente da Central, reforçou: “vamos mobilizar os trabalhadores de todas as categorias. A intenção é parar a Baixada para mostrar nossa preocupação com os desempregados, que cada vez demoram mais para arrumar outro emprego”.

Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP, explica que estão sendo escolhidas localidades onde o desemprego teve grande impacto.

“A proposta da Força é fazer este Dia de Luta pelo Emprego, pela Mudança da Política Econômica e contra a Reforma da Previdência no dia 15 de março. Mas ainda precisa passar pelo crivo das outras Centrais”, disse Miro Machado, presidente do Sintraport, Sindicato dos Portuários de Santos.

Em 2015, Cubatão sofreu com as 1.800 demissões na Usiminas, além de três mil terceirizados. Outros mil postos foram fechados em uma indústria de fertilizantes que se mudou para outro Estado. “O reflexo na Baixada é muito forte, pois muitas pessoas moram em Guarujá, São Vicente, Praia Grande e Santos e trabalhavam ou trabalham em Cubatão”, afirma Valdir Pestana, presidente da Federação dos Rodoviários-SP.

“Já falamos com o governador sobre o que vem acontecendo na empresa, que alega problemas com o ICMS (em São Paulo é de 18% e, em Minas, é de 9%)”, explica Sergio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Força.

Para Miguel Torres, o governo tem de adotar medidas para movimentar a economia, como a renovação da frota e uma política para o setor siderúrgico.