Presidente Miguel Torres discute em Brasília o fim do fator

Daniel Cardoso

Paulinho, Serginho (têxteis), Mota (alimentação),
Gilberto Carvalho e Miguel Torres (metalúrgicos)

O presidente do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e o deputado Paulinho da Força participaram nesta quinta-feira (5) de uma reunião em Brasília, com o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, e acertaram um calendário de negociações em torno do fim do fator previdenciário, da redução da jornada de trabalho, da regularização da terceirização, da aprovação das convenções 158 (contra a demissão imotivada) e 151 (direito de negociação dos servidores públicos) e da política de valorização das aposentadorias e pensões.

No encontro, que reuniu representantes das demais centrais sindicais, ficou definido ainda que na próxima semana as centrais devem conhecer a proposta do governo para a desoneração da folha de pagamento, que encontra resistência dos sindicalistas.

Com relação ao fator previdenciário, por exemplo, a expectativa é que a discussão seja encerrada até o início de junho para o texto seguir para o Congresso Nacional.

Para Miguel Torres, “a abertura do processo de negociação é positiva, mas sabemos que temos muita luta pela frente, que vai exigir muita mobilização”.

FATOR É RUIM – O fator previdenciário reduz em cerca de 40% a 50% a aposentadoria dos trabalhadores, mesmo quando ele completa 35 anos de contribuição, no caso do homem, e 30 anos, no caso das mulheres. O cálculo do benefício considera a alíquota de contribuição para a Previdência, a idade do trabalhador, o tempo de contribuição e a expectativa de vida. É este último elemento do cálculo que joga o valor da aposentadoria pra baixo.