Campanha Salarial:
As categorias vão trabalhar unidas para uma melhor mobilização das bases
Cerca de 1, 6 milhão de trabalhadores, representados por duzentas entidades sindicais do Estado de São Paulo filiadas à Força Sindical, estarão em Campanha Salarial neste segundo semestre. “Manter nossa unidade será fundamental para sermos bem sucedidos”, disse Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP.
Danilo explica que este foi um ano difícil para negociar as convenções coletivas das categorias que incluem os reajustes salariais. Algumas conseguiram negociar a reposição da inflação em duas parcelas, mas outras, como alimentação, condutores de veículos e frentistas, fecharam acordos salariais com o pagamento integral do INPC. Isto aconteceu por diferentes motivos. Alguns setores foram mais atingidos pela crise econômica ou não tiveram tantos prejuízos, mas resistiram a negociar salários melhores por causa da crise.
“Agora a situação econômica está ficando mais clara”, afirma Danilo, com a redução das demissões e a tendência de a produção, tradicionalmente, ser melhor no segundo semestre. “Não está um mar de rosas, mas está menos ruim, e vamos aproveitar para intensificar a mobilização e buscar aumentos reais de salários”, declara.
Aumento real também é o objetivo das costureiras de São Paulo e Osasco, com data-base em 1º de agosto. “Este ano, a situação está complicada e, por este motivo, já estamos mobilizando os trabalhadores”, destaca Elias Ferreira, presidente em exercício do sindicato da categoria.
O empenho para conquistar aumento real é recomendado pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho: “Só o salário poderá tirar o País da crise”, diz. Já João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, lembra que “a nossa prioridade é qualificar os dirigentes sindicais sempre para que, cada vez mais, façam melhores negociações”.