A sequência de equívocos provocada pelo governo nos últimos anos, com sua insistência em manter a taxa básica de juros (Selic) em índices excessivamente elevados no intuito de conter uma inflação que se mostra, a cada dia, mais voraz e crescente, é uma das grandes culpadas pela recessão econômica que vimos enfrentando, com desemprego (são mais de 11,4 milhões de trabalhadores desempregados), queda na produção e no consumo, ausência de investimentos, inadimplência e a insolvência de empresas (foram mais de 190 mil as empresas que fecharam suas portas em 2015, conforme estatísticas da Secretaria da Micro e Pequena Empresa).
Todos nós sabemos que, para o País retomar o caminho do desenvolvimento e do crescimento econômico, é necessário que uma política econômica eficaz e objetiva seja colocada em prática, e que investimentos possantes no setor produtivo nacional sejam realizados. Mas quem vai investir na indústria, no agronegócio, na construção civil ou pesada, ou em qualquer outro setor, com os juros exorbitantes hoje praticados?
O governo precisa atender aos anseios da classe trabalhadora, a parte mais afetada pela crise instaurada no País, e para isto a taxa Selic tem de ser reduzida drasticamente. Reduzir os juros é um primeiro e decisivo passo rumo à recuperação da economia nacional.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
presidente da Força Sindical e deputado federal