Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) e da Federação dos Metalúrgicos de Goiás (FEM-GO), Carlos Albino, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Miguel Torres, apresentaram ao setor empresarial de Goiás uma proposta de campanha pela redução dos juros.
Encontros já aconteceram, em Goiânia, com o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (FIEG) Pedro Alves, o presidente da Associação Brasileira Pró Desenvolvimento Regional Sustentável (Adial Brasil) José Alves, sindicatos ligados à Força Sindical e outras entidades.
Devido aos juros exorbitantes que sugam o País, os empresários e os representantes da classe trabalhadora decidiram se unir na tentativa de sensibilizar os órgãos competentes para reduzir as taxas de juros que consomem os brasileiros. O objetivo é organizar uma campanha permanente a nível estadual e, posteriormente, nacional. Representantes do legislativo goiano também serão convidados para integrar a luta contra os juros altos.
De acordo com o presidente da FIEG, os juros estão extorquindo a população brasileira. “Os juros altos estão tirando dinheiro do consumo e, consequentemente, tirando investimentos e fechando empresas. Os trabalhadores se mostraram conscientes do prejuízo que estão sofrendo, principalmente na questão da geração de emprego, e resolveram se manifestar. A FIEG está unida com os trabalhadores para buscar uma solução”, afirma.
Dados comprovam que a taxa de juros do cartão de crédito chega a 447%, o cheque especial alcança 286,27% e o crédito consignado marca 43,88%, todos anualmente. Atualmente, são cerca de 130 mil empresas fechadas e 12 milhões de trabalhadores desempregados. Enquanto isso, na contramão do prejuízo, os bancos continuam com seus lucros surreais. Em 2015, por exemplo, os doze maiores bancos tiveram lucro de R$ 63,82 bilhões.
Para o Brasil melhorar e voltar ao seu desenvolvimento é preciso reduzir os juros. “Só assim a indústria vai investir em produção e os trabalhadores consumirão mais. Este é o mecanismo que faz a ‘roda’ girar. Hoje, temos a impressão de que esta roda está ‘quadrada’”, explica o presidente do SIMECAT e da FEM-GO, Carlos Albino.